Lincoln Vieira Tavares
“Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35)
Essa passagem está inserida no
momento em que Jesus apresenta para os discípulos o chamado Novo Mandamento, o
amor de uns para com os outros, como ele também exemplificou.
Vivemos numa época, principalmente
no Brasil, em que infelizmente, em algumas situações, parece
termos regressado às dificuldades de
tempos passados, quando os homens se digladiavam em nome do Cristo.
Alguns militantes de diversas
doutrinas, podemos considerá-los fundamentalistas, orientados ou não pelos seus
dirigentes, têm chegado e tentar a destruição de locais onde se praticam
cultos, principalmente os chamados afro-brasileiros, ou até destruição de
imagens católicas.
Também a intolerância parece ainda
existir entre cristãos que professam interpretações diferentes, com ausência de
mínimo respeito.
Não falamos aqui de doutrinas do
oriente médio ou distante, mas de adeptos que se dizem todos cristãos.
Em outras palavras, Jesus nos
ensinou que seríamos conhecidos por nos amarmos uns aos outros, na qualidade de
seus discípulos.
Existem exceções, porém raras,
quando poderíamos citar o atual Papa Francisco da Igreja Católica, que tem nos oferecido
exemplos de verdadeiro ecumenismo, bem como compreensão para com as
dificuldades da sociedade, como um todo, independente de escolha religiosa.
Mas, cheguemos mais perto de nós
espíritas, e ainda assim encontramos divergências, que acabam por criar
inimizades entre participantes de nossa doutrina, por questões egoístas,
provocando divisões entre Centros Espíritas, ou criando polemicas absurdas, por
exemplo, a respeito da virgindade de Maria, do corpo de Jesus, e até
questionando reencarnações de personalidades, o que em absoluto não interessa
ao movimento espírita.
Chegam até mesmo a desprezar obras
psicografadas, inclusive todo o trabalho
extraordinário realizado por alguns espíritas,
por exemplo Francisco Cândido
Xavier, exemplo de humildade e dedicação à nossa causa!
É o caso de perguntarmos: Somos cristãos, ou não? Pretendemos seguir os
ensinamentos do Divino Mestre? Gostaríamos de trocar com nossos irmãos essa
dedicação, esse amor, de que nos fala Jesus?
Se é isso que queremos, vamos meditar
sobre essa tema, e quem sabe, alguns de nós, mudar o modo de entender o nosso próximo, com mais tolerância,
como pretendentes ao verdadeiro discipulado do Cristo.
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