Lincoln
Vieira Tavares
A Doutrina Espírita, no Brasil, durante o mês de abril,
costuma através de palestras e comemorações, relembrar a data de nascimento de
Francisco Cândido Xavier, que aconteceu
a 02 de abril de 1.910, portanto há 115 anos.
Nosso Chico Xavier, como assim era e ainda é chamado,
constituiu-se em verdadeiro missionário do bem, trabalhando em prol dos
necessitados, com muita humildade, utilizando-se de sua mediunidade, consolando
inúmeras criaturas aflitas, ao longo de seus 92 anos de idade física entre nós.
O espírito Erasto, no capítulo XXI do Evangelho Segundo o
Espiritismo afirma textualmente: “o verdadeiro missionário de Deus, deve
justificar sua missão pela superioridade de suas virtudes, pela sua grandeza,
pelo resultado e pela influência moralizadora de sua obra”.
Sabemos que Chico Xavier enfrentou duras provas, tanto da
pobreza material, quanto de enfermidades físicas, quanto de problemas
familiares, dedicando-se integralmente ao trabalho espírita, sem nenhuma
vantagem de cunho material, mantendo a pureza doutrinária, e fidelidade aos
princípios espíritas, permanecendo humilde e caridoso, nunca reclamando de
nada, até a mais avançada idade, e nunca admitindo que fosse um missionário,
pois como sabemos o verdadeiro missionário ignora que o é. O mesmo espírito
Erasto afirma ainda em continuação à sua fala no capítulo já citado de O
Evangelho Segundo o Espiritismo: “o verdadeiro profeta não sabe que o é”.
Nosso Chico dizia ser um “cisco”...
Grande foi a contribuição de Francisco Cândido Xavier,
inclusive para a ciência, pelo que se vê hoje, através de nossa imprensa, uma
vez que as obras escritas, através da psicografia, principalmente as ditadas
pelo espírito André Luiz, nas décadas de 1.940/1950, estão sendo analisadas por
cientistas de escol, com muito sucesso.
Mas, não poderia concluir sem falar nos pequenos
missionários, que somos todos nós. Se
Chico Xavier, e muitos outros, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, e tantos outros,
são verdadeiros e grandes missionários, todos nós temos uma missão a cumprir.
Pequenas missões, pois além das provas e expiações, pelas quais temos de passar
como aprendizado, resgates do passado, desta e de outras existências, viemos
aqui com alguma missão, dentro de nossas famílias, em nosso trabalho
profissional, na sociedade onde participamos,
em algum lugar.
Resta-nos descobrir onde, de que modo, como... Não viemos a
passeio, apenas.
E se ainda não sabemos, vamos tentar descobrir, e então, mãos à obra...