quarta-feira, 31 de agosto de 2016
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
A CASA UNIDA:
“ Se uma casa estiver
dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir” (Marcos 3:25).
A
passagem evangélica tão bem colocada pelo evangelista Marcos, parece ter sido um pronunciamento de
Jesus para todos os tempos, pelo menos até o momento presente, que é o nosso,
na atual existência.
Se entendermos a colocação “casa” como o local de
residência das pessoas, a expressão se encaixa perfeitamente, pelo que
observamos na atualidade.
Quando surgem conflitos entre os moradores,
desmoronam-se as famílias, cada qual toma um destino diferente, tudo
ocasionado pela divisão, causada por desavenças
na convivência.
Isso pode acontecer com cidades, nações, e até dentro de
instituições religiosas, como temos visto na atualidade.
Gostaríamos que nossos leitores, principalmente aqueles que
são espíritas, atentassem para isso, porque
também dentro das Entidades Espíritas têm surgido divisões, e não é de
hoje.
Leon Denis, o grande seguidor de Allan Kardec, estudioso do
espiritismo, escreveu certa vez: “ O espiritismo será aquilo que dele os
homens fizerem”.
Trata-se de uma realidade palpável.
Quantas vezes companheiros espíritas, esquecidos dos
princípios básicos de tolerância, humildade, paciência e mesmo caridade, têm
provocado divisões dentro de nossa Seara.
Frequentemente, formam-se grupos dentro da mesma
instituição, em princípio só divergentes, que depois se retiram e montam outra
entidade.
Allan Kardec, tanto na Revista Espírita, quanto em Obras
Póstumas, nos esclarece da necessidade da disseminação de vários grupos
espíritas, mas enfatiza sobre a importância de que não existam melindres entre
eles.
Infelizmente, não é o que ocorre na maioria das vezes, pelo
orgulho e egoísmo de muitos.
Diante disso, é que nunca é demais exortarmos aos queridos
companheiros de ideal espírita no sentido de mais tolerância, humildade,
ponderação em suas decisões, principalmente em se tratando de decisões internas
de diretorias de Centros Espíritas.
Lembremo-nos da tranquilidade e ponderação de irmãos que nos
deram e ainda dão tantos exemplos bons, como um Chico Xavier, Divaldo Franco e
outros, entregando à espiritualidade os problemas, através da intuição, da
troca sadia de idéias, sem deixarmos que o chamado “homem velho” ainda se
sobreponha ao “homem novo” que
pretendemos nos tornar, copiando o ideal de Paulo de Tarso.
Muita vigilância, oração e principalmente trabalho em nossas
casas espíritas, parece ser o antídoto para que nossa querida Casa, hoje um
Centro Espírita, permaneça de pé, nunca afetada pela divisão
que poderá fazer tanto mal a todos, prestando também um desserviço ao plano
espiritual, que confia em nós, para o
restabelecimento do cristianismo
verdadeiro no Planeta Terra.