Lincoln Vieira Tavares
Desde crianças acredito que todos nós já ouvimos a expressão acima.
Nossos pais, professores, instrutores de um modo geral, faziam essas colocações, e outras semelhantes, no sentido quem sabe de nos incentivar ao trabalho e à verdadeira dedicação aos nossos afazeres.
Hoje, estudando o Evangelho de Jesus percebemos que desde a antiguidade, inclusive historicamente, muitos líderes religiosos e principalmente políticos caíram nessa cilada.
São as promessas não cumpridas, ao longo dos tempos.
Por exemplo, Napoleão Bonaparte, conforme consta da obra A Caminho da Luz, do abençoado espírito Emmanuel, através de nosso Chico Xavier, nos informa que ele veio à Terra a fim de unificar os povos, e na verdade, todos sabemos que não cumpriu sua promessa, vítima de sí mesmo, pois a vaidade, o apego às coisas da matéria o desviaram do verdadeiro caminho do bem.
Quantas promessas não cumpridas...
Livro histórico da vida dos hebreus, o Antigo Testamento nos relata inúmeros casos de acordos não cumpridos, inclusive emanados de líderes religiosos, até mesmo muito considerados.
Exemplo do Rei David, autor da maioria dos salmos, poeta e cantor, mas que faltou com sua palavra em diversos acontecimentos, conforme poderemos ler no Primeiro Livro de Samuel.
Mesmo à época de Jesus, o próprio Simão Pedro chegou a negar Jesus, por três vezes, depois de lhe prometer inteira fidelidade.
Exemplo maior refere-se ao discípulo Judas Iscariotes que cuidava do grupo na qualidade de uma espécie de tesoureiro...
Hoje, temos inúmeros exemplos do “falar é fácil” mas “fazer é que é difícil”.
Pela bênção da espiritualidade, agora nos encontramos matriculados no Planeta Terra e abrigados pela Doutrina Espírita.
Oportunidade única de estudarmos o assunto, a fim de que promessas vãs não venham a atingir nossas fileiras, em prejuízo de nossa própria evolução espiritual.
Muitas vezes companheiros empolgados, dentro das fileiras espíritas, prometem fazer muito, querem de um momento para o outro modificar procedimentos, mas depois tornam-se como que “fogos de palha”, pois o fogo de palha consome tudo rapidamente, nada sobrando.
Em nosso tempo de juventude, dentro de Mocidades Espíritas, chegamos a participar de reuniões, onde em dado momento surgiam companheiros muito afoitos que pretendiam fazer procedimentos muito difíceis, e que não durava nada.
Mudanças de diretorias, com promessas impossíveis, posturas diferentes que nunca se completaram.
Falar é fácil, também no espiritismo? É possível isso?
Por que não? Somos espíritos reencarnados, endividados, em processo de aprendizado, sujeitos a arroubos de toda natureza.
Somente a humildade, a vigilância, oração e muito trabalho desinteressado em favor do próximo, poderá nos livrar dessas promessas que não estaremos em condições de cumprir.
Vamos meditar sobre isso