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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Mercado do CAFÉ em NOVA YORK:

 CAFÉ: FUNDAMENTOS LIMITAM QUEDA DOS FUTUROS EM NOVA YORK

São Paulo, 22/09/2021 - O mercado futuro de café arábica teve recuperação técnica ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), com o ambiente externo mais calmo, sem grande aversão ao risco. Os contratos têm espaço limitado para queda, considerando perspectiva de aperto na oferta global, principalmente provocado pela previsão de frustração da safra brasileira, a maior do mundo, em 2022.

O diretor-gerente da Paragon Global Market, Michael McDougall, informou em relatório que os futuros de arábica continuam pesados mas, em contrapartida, o mercado de robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) "está estabelecendo novas máximas quase que diariamente". O vencimento do robusta para janeiro/22, no entanto, recuou ontem 0,05% (1 dólar), a 2.122 dólares a tonelada. A resistência está em 2.138 dólares a t, enquanto o suporte é de 2.094 dólares a t. O Vietnã, maior produtor mundial de robusta, tem dificuldade para exportar o produto, por causa de restrições impostas pelo governo para conter a disseminação da variante delta do novo coronavírus.

Em Nova York, os futuros de arábica para dezembro/21 têm suporte a 182,85 centavos de dólar por librapeso. A resistência está em 187,90 cents, informa McDougall.

Os fatores macroeconômicos acalmaram ontem, embora a crise de solvência da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande esteja longe de se dissipar. "O petróleo bruto também se recuperou, provavelmente com a notícia de que duas das plataformas offshore da Shell, no Golfo do México, permanecerão inativas no próximo ano por causa do furacão Ida", disse McDougall.

Nesse contexto, o dólar à vista fechou em queda 0,84%, a R$ 5,2863. A valorização acumulada em setembro caiu para 2,21%. Segundo corretores, além do ambiente externo de atração por ativos de risco, internamente o anúncio de uma nova proposta para resolver o problema dos precatórios (dívidas judiciais), costurada em encontro dos presidentes das Casas Legislativas com ministro da Economia, Paulo Guedes, contribuiu para segurar a moeda norte-americana.


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem que a produção brasileira de café deste ano, em fase final de colheita, deve atingir 46,85 milhões de sacas. O resultado corresponde a uma diminuição de 25,7% em relação ao resultado da safra de 2020, que foi recorde de 63,08 milhões de sacas.

Em comparação com o levantamento anterior, do fim de maio, quando a safra foi projetada em 49 milhões de sacas, houve uma queda de 4,4% (menos 2,15 milhões de sacas). Segundo a Conab, "além dos efeitos fisiológicos da bienalidade negativa, observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, os motivos para a redução também incluem as condições climáticas adversas de seca em muitas localidades e as geadas, que ocorreram em junho e julho. A produção de café arábica está estimada em 30,7 milhões de sacas, 36,9% a menos se comparado ao volume produzido na safra anterior. O conilon (robusta), por sua vez, deve alcançar uma produção de 16,15 milhões de sacas, o que indica um aumento de 12,8% sobre o resultado obtido em 2020.

A Somar Meteorologia informa que o início da primavera no Hemisfério Sul será às 16h21 de hoje (22 de setembro). A estação vai até às 12h59 de 21 de dezembro de 2021, quando se inicia o verão. Segundo a Somar, apesar do baixo acumulado de chuva previsto no próximo fim de semana nas áreas produtoras de café, a precipitação ocorrerá de forma mais frequente a partir de então. "Tanto que as simulações indicam chuva a partir do dia 28 de setembro, prosseguindo até pelo menos o dia 5 de outubro. Serão pancadas de chuva durante as tardes, mas que devem repor gradativamente a umidade do solo em todas as áreas produtoras", prevê a Somar.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em alta em boa parte do pregão de ontem. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com valorização de 0,41% (75 pontos), a 183,35 cents. O mercado registrou máxima de 185,55 cents (mais 295 pontos) e mínima de 182,35 cents (menos 25 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café robusta tiveram alta ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, os preços do café robusta avançaram por mais um dia no mercado nacional, apesar do recuo dos valores externos e do dólar. O impulso veio da demanda firme pela variedade e da retração de vendedores. O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 782,11 a saca, aumento de 1,4% em relação ao dia anterior. Para o tipo 7/8, a média foi de R$ 767,38 a saca, elevação de 1% no mesmo comparativo - à vista e a retirar no Espírito Santo.

Quanto ao arábica, a alta externa e a retração de vendedores sustentaram os preços. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.063,40 a saca, estável em comparação com o dia anterior.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

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