Novo Portal de Notícias da AMP/press

A

A

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União
Jornal mensal com 1.200 exemplares impressos P&B e 3.000 entregas digitais Color


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

CAFÉ em NOVA YORK:

 CAFÉ: NY DEVE SE MANTER NO INTERVALO DE 182,75 CENTS A 192,50 CENTS

São Paulo, 16/09/2021 - O mercado futuro de café arábica registrou recuperação técnica ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), depois de duas sessões seguidas de perdas. Além dos gráficos, os contratos acompanham a evolução do clima nas regiões produtoras brasileiras que, depois da colheita, entram agora no período de floração.

Pelos gráficos, a tendência para Nova York ainda é positiva. O contrato para dezembro/21 tem resistência a 192,50 cents. O suporte está em 182,75 cents.

Chuvas generalizadas são necessárias para o desenvolvimento da florada, que vai gerar os frutos da safra de 2022. "Grande parte do mercado de café tem se concentrado nas geadas e na seca para tentar adivinhar quanto da nova safra de café do Brasil em 2022 será prejudicada. Na verdade, o fator determinante mais importante são as chuvas até novembro", informa em relatório o diretor-gerente da Paragon Global Markets, Michael McDougall.

Segundo ele, algumas floradas já são observadas em cafezais. Será importante que as chuvas voltem a cair, para garantir o 'pegamento' das floradas. "Se as chuvas forem espaçadas, isso pode levar a várias florações, o que seria ruim para a produção, além de aumentar o custo da colheita, pois os agricultores precisariam colher várias vezes", explica McDougall.

A Somar Meteorologia informa que entre amanhã (17) e o domingo, linhas de instabilidade causam chuva pontual sobre o Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais. "Na semana que vem, entre os dias 20 e 26 de setembro, a chuva se espalhará pela Região Sudeste e alcançará boa parte dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, inclusive o Cerrado. Pontualmente, o acumulado poderá passar dos 20 mm no Cerrado", prevê a Somar. A regularização da precipitação, no entanto, somente ocorrerá a partir do início de outubro, estima a Somar.


McDougall acrescenta que um outro ponto que não está tendo muita atenção é a queda na produtividade nesta safra, em fase final de colheita. Há comentários de diminuição 2 milhões a 3 milhões de sacas colhidas, por causa do fraco rendimento, empurrando a produção de arábica para uma faixa 30 milhões a 36 milhões de sacas. A safra do ano que vem, de bienalidade positiva, deve ficar entre 50 milhões e 55 milhões de sacas, mas vai depender de chuva.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento do fim de maio, projetou a safra brasileira 2021 em 49 milhões de sacas, queda de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção recorde de 63,08 milhões de sacas. Do total de 49 milhões de sacas, 33,4 milhões de sacas são de arábica, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na safra anterior. Na terça-feira da semana que vem (21), a Conab vai atualizar os números da safra 2021.

Os exportadores brasileiros continuam com problemas de oferta de contêineres, cuja previsão de normalização é o segundo semestre de 2022. A falta de contêineres custou aos exportadores brasileiros cerca de 875 mil sacas a menos em exportação por mês, de maio a agosto. O Vietnã está com o mesmo problema de falta de contêineres, além da restrição de acesso aos portos, por causa de infecções pela variante delta do novo coronavírus. "É interessante notar que, apesar das exportações de agosto do Vietnã estarem acima do ano passado, os preços futuros não caíram. Em vez disso, se recuperaram", observa McDougall.

Em sessão de pouca volatilidade, o dólar à vista fechou ontem em baixa de 0,38%, a R$ 5,2375 - depois de oscilar apenas cerca de 4 centavos entre a mínima (R$ R$ 5,2319) e máxima de (R$ 5,2720). Segundo corretores, com maior apetite ao risco no exterior, o sinal de queda da moeda norte-americana prevaleceu.

Internamente, continua a cautela com a política e dúvidas sobre o cumprimento do teto de gastos pelo governo federal. A Associação de Café Verde dos Estados Unidos (GCA, na sigla em inglês) divulgou ontem que os estoques do produto aumentaram 56.138 sacas em agosto, totalizando 6.130.484 sacas. Ao fim de julho, o estoque era de 6.074.346 sacas.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em alta em boa parte do pregão de ontem. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com valorização de 1,02% (190 pontos), a 187,35 cents. O mercado registrou máxima de 188,25 cents (mais 280 pontos) e mínima de 185,15 cents (menos 30 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta tiveram alta ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, as cotações do robusta foram impulsionadas pela alta no mercado futuro de ambas as variedades e pela retração de vendedores no Brasil. Alguns negócios envolvendo café robusta foram verificados mas, no geral, o mercado continua calmo.

O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.068,05 a saca, elevação de 0,47% em relação ao dia anterior. Para o robusta, o Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 758,64 a saca, alta de 1,7% em relação ao dia anterior. O tipo 7/8 teve média de R$ 744,89 a saca, elevação de 1,5% no mesmo comparativo - ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.


Fonte : Broadcast Agro

Por: DJ Joãozinho Grafista

Nenhum comentário:

Postar um comentário