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terça-feira, 21 de setembro de 2021

CAFÉ: CONTRATOS EM NY

 CAFÉ: CONTRATOS EM NY DEVEM TER RECUPERAÇÃO TÉCNICA

São Paulo, 21/09/2021 - Os contratos futuros de café arábica iniciaram a semana na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) com inclinação negativa, pressionados em grande parte pelo ambiente externo de aversão ao risco. O vencimento dezembro/21, o mais líquido, cedeu 2,04% (380 pontos), a 182,60 centavos de dólar por libra-peso.

O diretor-gerente da Paragon Global Market, Michael McDougall, informou em relatório que os mercados acionários estão preocupados com maior repressão à tecnologia chinesa e com a crise de solvência da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande, que reascendeu temores de risco sistêmico no mercado financeiro global, entre outros fatores. Segundo ele, a variante delta do novo coronavírus também pode  desacelerar a economia do mundo. E as preocupações com o crescimento mundial colocaram o petróleo sob pressão, assim como outras commodities.

O resultado é uma aversão dos investidores aos ativos de risco e aumento da demanda por segmentos considerados seguros, como dólar e títulos do Tesouro norte-americano. As divisas emergentes e de países exportadores de commodities - cujos preços despencaram - caíram em bloco em relação à moeda norteamericana. O dólar encerrou em alta de 0,93%, a R$ 5,3312 - maior valor de fechamento desde 23 de agosto (R$ 5,3820).

O mercado de café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) passou ao largo dos problemas macroeconômicos e voltou a subir, embora apenas marginalmente. O vencimento novembro/21 avançouontem 0,05% (1 dólar a tonelada), a 2.152 dólares a t. Janeiro/22 ganhou 0,09% (2 dólares a tonelada), a 2.123 dólares a t. "Os problemas continuam com as exportações do Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, por causa do impacto das questões trabalhistas relacionadas ao covid-19", explicou McDougall.

Em Nova York, os futuros de arábica chegaram a romper o suporte de 182,50 cents, mas se recuperaram. Abaixo desse nível, outros suportes estão em 180 cents e 177 cents. Uma recuperação técnica pode ocorrer, com resistência em 186 cents e 192,50 cents.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve atualizar nesta terça-feira os números da safra brasileira deste ano, cuja colheita está praticamente encerrada. No mais recente levantamento, do fim de maio, a estatal projetou a safra brasileira 2021 em 49 milhões de sacas, queda de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção recorde de 63,08 milhões de sacas. Do total de 49 milhões de sacas, 33,4 milhões de sacas são de arábica, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na safra anterior.

Com relação ao clima, o diretor-gerente da Paragon Global Market destaca previsão de que há chance de aumento de chuva nesta semana no Brasil. "Volumes mais intensos podem ocorrer no fim de setembro, o que pode impulsionar a floração atual", comentou.

A Somar Meteorologia informa que o início da primavera no Hemisfério Sul será às 16h21 de amanhã (22 de setembro). A estação vai até às 12h59 de 21 de dezembro de 2021, quando se inicia o verão. Para a Região Sudeste, que concentra a produção de café, a Somar prevê para outubro "precipitação total ao fim do mês dentro a acima da média em quase toda o Sudeste". Em novembro, a previsão é de "volume de chuva acima da média no norte de São Paulo, centro-oeste e sul de Minas, incluindo Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e centro-norte do Rio de Janeiro". Segundo a Somar, em novembro "a tendência é de menos chuva que o normal nas demais áreas; temperatura dentro a abaixo da média na maioria das áreas do Sudeste".

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em baixa em boa parte do pregão de ontem. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com desvalorização de 2,04% (380 pontos), a 182,60 cents. O mercado registrou máxima de 186,05 cents (35 pontos abaixo do fechamento anterior) e mínima de 182 cents (menos 440 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta tiveram desempenho distinto ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, para o arábica, as cotações foram pressionadas pela queda do mercado futuro.

Quanto ao robusta, as valorizações do dólar e dos futuros no exterior impulsionaram os preços no Brasil.Os negócios para ambas as variedades, no entanto, continuaram calmos no spot nacional. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.062,735 a saca, queda de 1,1% ante a sexta-feira, 17.

Já para o robusta, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 771,55 a saca, aumento de 1,1% no mesmo comparativo. Para o tipo 7/8, a média foi de R$ 759,88 a saca, elevação de 1% no dia - à vista e a retirar no Espírito Santo.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

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