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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Mercado do CAFÉ em NOVA YORK:

 CAFÉ: FATOR TÉCNICO PODE MANTER NY PRESSIONADA; FUNDOS MENOS COMPRADOS

São Paulo, 20/09/2021 - O mercado futuro de café arábica retoma negócios nesta segunda-feira na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), depois de acumular queda de 0,88% (165 pontos) na semana passada, no vencimento dezembro/21, o mais negociado. Na sexta-feira, o contrato fechou a 186,40 centavos de dólar por libra-peso, menos 0,93%, ou 175 pontos, em relação ao dia anterior. Os contratos tiveram ajuste técnico, após falharem na tentativa de trabalhar acima de 200 centavos de dólar por libra-peso. Hoje é o último dia de negociação do vencimento setembro/21 na ICE US.

Pelos gráficos, o mercado em Nova York mostra tendência altista, mas tem operado dentro de um intervalo técnico entre o suporte de 182,50 centavos de dólar por libra-peso e resistência de 192,50 cents. Os fundamentos do mercado de café continuam inalterados, com perspectiva de aperto na oferta global no ano que vem, provocado principalmente pela previsão de menor produção no Brasil. O tempo seco e as geadas de junho e julho devem impedir que o País alcance produção potencial recorde em 2022.

Os fundos de investimento diminuíram o saldo líquido comprado em café na semana em Nova York, mostrou na sexta relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), com posicionamento de traders. Os fundos passaram de saldo líquido comprado de 36.511 contratos, no dia 7, para 34.031 lotes, no dia 14, considerando futuros e opções.

Já os fundos de índice diminuíram um pouco o saldo líquido comprado no período, de 58.570 lotes para 58.130 contratos. Em compensação, levando em conta apenas o mercado futuro, os fundos aumentaram um pouco o saldo líquido comprado, de 57.115 lotes para 58.067 contratos.

Na sexta-feira passada, os contratos futuros de café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) descolaram de Nova York. O vencimento novembro/21 subiu 2,09% (44 dólares a tonelada), encerrando a 2.151 dólares a t. O contrato para janeiro/22 avançou 1,48% (31 dólares), a 2.121 dólares a t.

Segundo analistas, a alta na Bolsa de Londres é puxada pela dificuldade de exportação do Vietnã, maior produtor mundial de robusta. Reportagem da Dow Jones Newswire informa que as restrições de viagens na Ásia, causadas pela covid-19, estão afetando o mercado de café. Desde de julho, um surto no Vietnã levou o governo a reduzir o movimento de pessoas, o que tem interferido nos embarques.

"Os exportadores vietnamitas estão tendo dificuldade para transportar mercadorias para os portos com destino a todo o mundo, incluindo café verde robusta e produtos King Coffee", disse na reportagem o presidente-executivo da TNI King Coffee e vice-presidente da Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa), Le Hoang Diep Thao. "Os comerciantes locais e estrangeiros estão extremamente preocupados", afirmou Le, acrescentando que a associação do café estava pressionando o governo do Vietnã para afrouxar as restrições para evitar atrasos nas entregas.

Amanhã (21), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai atualizar os números da safra brasileira deste ano. No mais recente levantamento, do fim de maio, a estatal projetou a safra brasileira 2021 em 49 milhões de sacas, queda de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção recorde de 63,08 milhões de sacas. Do total de 49 milhões de sacas, 33,4 milhões de sacas são de arábica, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na safra anterior.

A Somar Meteorologia prevê que, entre hoje (20) e o próximo domingo (26), a chuva se espalhará pela Região Sudeste e alcançará boa parte dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, inclusive o Cerrado. Pontualmente, o acumulado poderá passar dos 20 mm no Cerrado. "A regularização da precipitação, no entanto, somente ocorrerá a partir do início de outubro", estima a Somar.

O dólar à vista encerrou na sexta a R$ 5,2821, em alta de 0,32%. Com o avanço, a moeda norte-americana fechou a semana com leve valorização (0,28%) e acumulou alta de 2,13% na parcial de setembro. Segundo corretores, o aumento do IOF para bancar o Auxílio Brasil e o fortalecimento global da moeda norte americana impulsionaram o dólar na sexta.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em baixa em boa parte do pregão de sexta. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com desvalorização de 0,93% (175 pontos), a 186,40 cents. O mercado registrou máxima de 189,85 cents (mais 170 pontos) e mínima de 184,65 cents (menos 350 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta tiveram alta na sexta no mercado físico. Segundo os pesquisadores, as cotações foram impulsionadas pela elevação do dólar e pela retração de vendedores. Para o robusta, a elevação dos preços externos também reforçou a valorização no Brasil.

O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.074,55 a saca, alta de 0,4% em comparação com o dia anterior. Quanto ao robusta, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 762,89 a saca e o tipo 7/8 teve média de R$ 751,89 a saca, ambos com aumento de 0,6% em relação ao dia anterior - à vista e a retirar no Espírito Santo.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

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