Novo Portal de Notícias da AMP/press

A

A

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União
Jornal mensal com 1.200 exemplares impressos P&B e 3.000 entregas digitais Color


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

CAFÉ sobe no Mercado:

 CAFÉ: CONTRATOS SOBEM 2,6% E DEVEM TER CORREÇÃO TÉCNICA

São Paulo, 29/09/2021 - O mercado futuro de café arábica registrou expressiva alta ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O contrato para dezembro/21, o mais negociado, subiu 2,6%, a 198,60 centavos de dólar por libra-peso. Fatores técnicos e a perspectiva de aperto na oferta global, entre outros fatores, impulsionam as cotações.

Pelos gráficos, os futuros de arábica devem testar novamente a resistência psicológica de 200 cents, rompida no fim de julho, depois dos estragos nos cafezais brasileiros, provocados pelas geadas. Outra resistência está em 201,55 cents (máxima de 31 de agosto). Os suportes estão em 192,50 cents (antiga resistência), 185,25 cents e 182 cents.

A alta dos contratos futuros de café robusta ontem na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) também pode ter contribuído para puxar as cotações em Nova York. O contrato de robusta para novembro/21 subiu 1,84% (39 dólares), a 2.160 dólares a tonelada. O vencimento janeiro/22 avançou 1,42% (30 dólares), a 2.145 dólares a t. Aparentemente, o Vietnã, maior produtor desse tipo de café, continua com dificuldades para realizar exportação, por causa de restrições impostas pelo governo para frear o avanço da pandemia 

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq?USP) informam que internamente as cotações do café conilon (robusta) tem batido recordes diários. Desde sexta-feira passada (24), o Indicador de preço Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, opera na casa dos R$ 800 a saca, máxima nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2001. Em termos reais, os atuais preços se aproximam do recorde, que é de R$ 911,10 a saca, registrado em 11 de novembro de 2016 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto/21).

Os estoques certificados de café na Bolsa de Nava York caíram 2.600 sacas ontem, para 2.118.855 sacas. Em três dias da semana passada, de quarta (22) até sexta-feira (24), o estoque baixou 40.617 sacas, ou 1,9% no período, de 2.163.697 sacas para 2.123.080 sacas.

O clima nas regiões produtoras brasileiras é uma incógnita que deixa o mercado cauteloso. Os pesquisadores do Cepea relatam que houve abertura de flores no sul de Minas e na Mogiana na semana passada, "ainda que de forma bastante irregular". Conforme apurou o Cepea, a florada principal do arábica nessas regiões, além de Garça (SP) e no Noroeste do Paraná, ainda não ocorreu, sendo necessário maior volume de chuvas. As precipitações também são essenciais para o pegamento desta primeira florada. No Cerrado Mineiro, ainda não ocorreram floradas, segundo o Cepea.

Mesmo com as frequentes elevações de preço, produtores têm vendido pouco volume de café, em virtude das preocupações com o clima e com o desenvolvimento da safra 2022/23, especialmente do arábica, diz o Cepea. Uma nova quebra de safra do arábica tende a manter aquecida a demanda pelo robusta. Assim, conforme apurou o Cepea, a comercialização desse tipo de grão no Brasil está entre 40% e 50% da produção estimada na atual temporada. Já a comercialização do arábica, em termos nacionais, soma entre 35% e 45% da safra 2021/22. "Grande parte desse volume corresponde a entregas programadas, fechadas em meses anteriores", explicam os pesquisadores.

O dólar à vista encerrou a sessão de ontem em alta firme, de 0,85%, cotado a R$ 5,4243 - maior valor de fechamento desde 4 de maio deste ano (R$ 5,4307). Foi o quinto pregão seguido de fortalecimento do dólar, que já acumula valorização de 1,51% na semana e de 4,88% em setembro. Segundo corretores, os temores de que o governo Jair Bolsonaro embarque em uma onda de medidas "populistas" cresceu com os debates em torno da prorrogação do auxílio emergencial. No exterior, a inflação acelera em meio a uma crise energética e pipocam sinais de perda de fôlego da atividade justamente no momento em que os Banco Centrais dos países desenvolvidos dão sinais de tirar o pé do acelerador.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em alta em boa parte do pregão de ontem, puxados pelos fundamentos altistas e pelos gráficos. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com valorização de 2,56% (495 pontos), a 198,60 cents. O mercado registrou máxima de 199 cents (mais 535 pontos) e mínima de 192,50 cents (menos 115 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta registraram alta ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, os preços do arábica foram impulsionados pelos avanços dos futuros e do dólar. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.146,61 a saca, forte elevação de 41,55 reais por saca (ou de 3,7%) em comparação com o dia anterior.

"Essa valorização atraiu mais agentes ao spot nacional e, consequentemente, resultou em fechamentos de negócios no dia", diz o Cepea. O mercado de robusta avançou, também puxado pelos ganhos externos e pelo dólar, o que estimulou novos negócios no spot nacional. O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 822,58 a saca e o tipo 7/8, a R$ 809,40 a saca, ambos 1,2% superiores ao dia anterior - à vista e a retirar no Espírito Santo.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

Nenhum comentário:

Postar um comentário