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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Mercado do CAFÉ e os Contratos:

 CAFÉ: CONTRATOS PODEM TER RECUPERAÇÃO TÉCNICA

São Paulo, 15/09/2021 - Os contratos futuros de café arábica caíram ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), pressionados, em grande parte, por fatores técnicos, como no dia anterior. O mercado falhou na tentativa de trabalhar acima de 200 centavos de dólar por libra-peso, no fim de agosto, e agora testa níveis mais baixos.

O vencimento dezembro/21, o mais negociado, rompeu ontem o suporte de 184,10 cents, mas se recuperou. Outros suportes estão em 182,50 cents e 180 cents. Um movimento de correção técnica não pode ser afastado. As resistências estão em 187,80 cents; 190 cents e 194,20 cents.

As exportações brasileiras de café solúvel recuaram 6,4% de janeiro a agosto deste ano, para 2,536 milhões de sacas, em comparação com igual período de 2020. O diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, afirmou em comunicado que o recuo se deve a problemas logísticos e climáticos. "A dificuldade para se obter contêineres e espaço em navios se tornou rotineira desde maio e permanece até hoje", disse. "Além disso, adversidades climáticas no cinturão produtor do Brasil geram incertezas quanto à próxima safra e provocaram uma disparada nos preços internos e internacionais do café, o que dificulta a comercialização e desaquece a demanda em certos mercados", acrescentou.

O diretor-gerente da Paragon Global Markets, Michael McDougall, reforçou em relatório que a queda nas exportações, mesmo que se pese os vários argumentos, deve ter sido provocada pelo aumento dos preços, a menos que a alta do preço do frete (como para o açúcar branco) esteja causando impacto na demanda. "Não parece ser o caso do café, que é um produto de preço mais alto por volume em comparação com o açúcar", comentou. De acordo com relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado na segunda-feira, os embarques totais do produto somaram 2.674.116 sacas de 60 kg em agosto de 2021, registrando queda de 25,2% em relação às 3.573.958 sacas em idêntico período de 2020.

O Rabobank, em relatório mensal sobre café, manteve a projeção de colheita de 56,7 milhões de sacas no Brasil em 2021. A produção de arábica está estimada em 36 milhões de sacas, queda de 32% em comparação com 2020. O banco relata, ainda, que os produtores estão na expectativa de chuvas generalizadas para uma melhora na perspectiva da safra 2022, já castigada pelo tempo seco e geadas.

A Somar Meteorologia informa que a passagem de uma frente fria provoca pancadas de chuva com trovoadas sobre o Estado de São Paulo nesta quarta-feira, e mesmo que de forma isolada há risco de temporais, especialmente no centro-oeste paulista. No Rio de Janeiro a nebulosidade também aumenta e chove no período da tarde e noite. "Nas demais áreas do Sudeste o tempo quente e seco predomina", prevê a Somar.

Com máxima a R$ R$ 5,2638, registrada na reta final de pregão, o dólar à vista encerrou a sessão de ontem a R$ 5,2573, em alta de 0,65%. Segundo corretores, indicadores fracos nos Estados Unidos pressionaram ativos de risco, enquanto internamente continuam os temores com incertezas políticas e fiscais, que puxaram a moeda norte-americana.

A Camil anunciou na segunda-feira a entrada no mercado de café, adquirindo a marca Seleto, da Jacobs Douwe Egberts BR (“JDE Brasil”). Com isso, a companhia, com foco na comercialização de arroz e feijão, confirma a estratégia de diversificação, já que recentemente comprou a Santa Amália, um dos maiores players de massas no Brasil.

A Associação de Café Verde dos Estados Unidos (GCA, na sigla em inglês) deve divulgar o volume do estoque de grãos verdes nos armazéns norte-americanos em 31 de agosto.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em baixa em boa parte do pregão de ontem. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com desvalorização de 0,72% (135 pontos), a 185,45 cents. O mercado registrou máxima de 187,80 cents (mais 100 pontos) e mínima de 182,50 cents (menos 430 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café robusta tiveram alta ontem no mercado físico.

Segundo os pesquisadores, as cotações do robusta foram impulsionadas pela retração de vendedores e pela elevação do dólar. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 745,89 a saca, alta de 1,1% em relação ao dia anterior. O tipo 7/8 teve média de R$ 733,52 a saca, elevação de 0,7% no mesmo comparativo - ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.

Em contrapartida, as cotações domesticas do café arábica recuaram por mais um dia, pressionadas pela queda externa. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.063,09 a saca, baixa de 0,5% em relação ao dia anterior. Diante da desvalorização, agentes mantiveram-se retraídos do spot nacional, disse o Cepea.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

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