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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Café em NOVA YORK:

 CAFÉ: NOVA YORK CORRIGE ALTA EXCESSIVA, MAS MANTÉM ATENÇÃO AO CLIMA

São Paulo, 30/07/2021 - O mercado futuro de café arábica encerra semana com tendência altista na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), apesar da queda nas últimas três sessões, que corrigiu excessivos ganhos anteriores. O risco de geadas persiste nas regiões produtoras brasileiras e a especulação sobre as perdas para a safra do ano que vem deve manter os contratos voláteis.

Ontem o contrato caiu 1,97%, a 196,50 cents. Mesmo assim, acumula valorização de 25% em julho; 50% desde o início do ano e 65% nos últimos 12 meses, muito em virtude do tempo seco nas áreas produtoras brasileiras no fim do ano passado e início deste ano e, agora, por geadas nas últimas semanas.

O corretor Michael McDougall, da Paragon Global Markets, informa que os futuros de arábica continuam a se consolidar por volta de 200 cents, "mesmo que o evento de geada (entre hoje e amanhã) pareça não ser tão grave quanto do dia 20 de julho". "O mercado recuou do pico (fechamento a 207,80 cents, na segundafeira, 26), considerando que prejuízos adicionais parecem improváveis e, talvez, perceba-se que o dano feito já tenha sido suficientemente favorável (aos preços)", acrescenta.

A meteorologia, no entanto, mantém as previsões de risco de geadas, entre hoje e amanhã, de moderada a forte, inclusive em áreas produtoras de café. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que há previsão de geada na madrugada e manhã desta sexta-feira em praticamente toda a Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo (com intensidade variando de moderada a forte); também há expectativa de geadas bem localizadas nas áreas de maior altitude da Serra da Mantiqueira. O fenômeno também poderá ser observado no sul de Goiás e em Minas Gerais (centro-sul do Estado), com intensidade moderada a forte no sul mineiro (que concentra a produção nacional de arábica).

McDougall observa, ainda, que, além do clima, fatores macroeconômicos podem contribuir para sustentar as cotações das commodities, em geral. Ele cita que os mercados de ações se recuperam da preocupação com o aumento das infecções com a variante delta do novo coronavírus e apesar de o PIB dos EUA ter crescido menos do que o previsto no segundo trimestre; o petróleo rompeu uma tendência de baixa (ontem), assim como o índice de commodities agrícolas Goldman Sachs, e o plano de infraestrutura do presidente Joe Biden, de US$ 1,2 trilhão, que superou o primeiro obstáculo, o Congresso, e agora está no Senado para debate. "Tudo isso pode estar gerando mais atividades de especulação e de investimento nos mercados de commodities", explica.

Ontem o dólar voltou a ceder em relação ao real, como no dia anterior, embora a moeda brasileira não tenha liderado a valorização. Segundo corretores, o câmbio acompanhou o movimento global de enfraquecimento da moeda norte-americana, em dia marcado por apetite ao risco. Internamente, a aposta em alta mais pronunciada da taxa de juros Selic sugere uma apreciação do real, pelo menos no curto prazo.

O dólar encerrou ontem a R$ 5,0792, à vista, em queda de 0,60%, levando a desvalorização na semana a 2,52%. É o menor valor de fechamento desde 2 de julho. Apesar da queda, o dólar ainda acumula alta de 2,13% em julho.

Com relação aos fatores técnicos, os futuros de arábica preencheram o gap entre 195,20 cents até 192,00 cents, e agora podem voltar a subir. Na parte de cima, a resistência está em 205,50 cents.

Hoje à tarde a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) divulgará o posicionamento de traders no mercado de café de Nova York na semana encerrada na terça (27) e deverá mostrar os fundos de investimento com elevado saldo comprado, considerando a tomada de posição provocada pelas geadas.

No levantamento anterior, até o dia 20 de julho, os fundos estavam com saldo líquido comprado de 33.133 lotes, considerando futuros e opções.

Os futuros de arábica em Nova York voltaram a trabalhar em baixa em boa parte do pregão de ontem, como no dia anterior. O vencimento setembro/21 acabou fechando com desvalorização de 1,97% (395 pontos), a 196,50 cents. O mercado registrou máxima de 203,50 cents (mais 305 pontos) e mínima de 1190,25 cents (menos 1.020 pontos, queda de cerca de 5%).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta tiveram queda ontem no mercado físico.

Segundo os pesquisadores, as cotações domésticas do arábica foram pressionadas pelas perdas no mercado futuro de Nova York. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.045,52 a saca, 1,5% inferior em relação ao dia anterior.

Os preços do robusta foram pressionados pela queda na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), dizem os pesquisadores. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, finalizou o dia a R$ 599,93 a saca, baixa de 0,4% em relação ao dia anterior. Para o tipo 7/8, a média foi de R$ 586,74 a saca, recuo de 0,7% no mesmo comparativo - ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.

Fonte : Broadcast Agro

Por: DJ Joãozinho Grafista

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