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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Mercado Recua com CHUVAS:

 CAFÉ: MERCADO DEVOLVE GANHOS NA EXPECTATIVA DE CHUVAS NO BRASIL

São Paulo, 06/10/2021 - O mercado futuro de café arábica teve forte queda ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e devolveu os ganhos da semana passada. O vencimento dezembro/21, o mais negociado, caiu ontem 4,2%, a 191,90 centavos de dólar por libra-peso, fechamento mais baixo em quase duas semanas, desde 23 de setembro (190,60 cents).

Tecnicamente, os futuros de arábica aliviaram indicadores sobrecomprados e podem ter recuperação. As resistências estão em 200 cents e 201,15 cents. Na parte de baixo, os suportes estão em 190 cents e 182,30 cents.

Na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), os contratos futuros de café robusta também recuaram ontem. O vencimento novembro/21 caiu 1,72% (37 dólares), a 2.111 dólares a tonelada. O contrato para janeiro/22 cedeu 1,45% (31 dólares), a 2.109 dólares a t.

A ocorrência de chuvas nas regiões produtoras brasileiras no fim de semana trouxe algum alívio aos cafezais, que vêm de longo período de pouca água (desde meados de 2020) e de forte geada, entre junho e julho. Isso pode estar pesando sobre o desempenho dos contratos em Nova York.

O analista de Inteligência de Mercado da consultoria StoneX e especialista em café, Fernando Maximiliano, disse ontem em evento da consultoria que "hoje (ontem), por exemplo, vimos o mercado recuar por causa de chuvas no Brasil." "Além disso, as condições para as lavouras têm sido favoráveis tanto na Colômbia - outro grande produtor de arábica - quanto no Vietnã. Já para a manutenção da alta de preços estão incertezas sobre o clima no Brasil, problemas logísticos e La Niña. "De forma geral, porém, ainda vemos perspectivas positivas para o mercado de café."

A Somar Meteorologia informa que, depois de precipitações em algumas localidades no fim de semana, "a chuva prosseguirá ao longo dos próximos dias e alcançará mais áreas de café". Segundo a Somar, "o acumulado até o fim de semana passa dos 50mm no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais, Zona da Mata e sul do Espírito Santo. No Cerrado estima-se algo entre 20mm e 50mm".

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim que, "até o momento, floradas significativas ocorreram apenas em Garça (SP) e nas Matas de Minas (Zona da Mata). Nas outras praças acompanhadas pelo Cepea, também houve floração, mas em menor escala, sendo que a principal deve ocorrer após um maior volume de chuva".

Na área produtora de robusta (conilon) do Espírito Santo e de Rondônia, o clima foi mais seco em setembro, preocupando agentes. "Ainda que o desenvolvimento da safra de robusta não tenha sido prejudicado, seria ideal um maior volume de chuvas nos próximos meses para o pegamento das flores e para o bom desenvolvimento dos chumbinhos", diz o Cepea.

Quanto ao consumo da bebida, Maximiliano informou que a demanda está voltando aos patamares prépandemia, sobretudo nos Estados Unidos, com aumento de 55% de consumo no trabalho este ano e de 20% em cafés e restaurantes, levando a um aumento geral de 16%. "Já o café espresso, que normalmente éconsumido fora de casa, teve um aumento de consumo de 9%, voltando aos níveis de janeiro de 2020."

O dólar à vista voltou a subir ontem, como no dia anterior, fechando em alta de 0,71%, a R$ 5,4851, maior valor desde 23 de abril (R$ 5,4973), o que contribuiu para pressionar as cotações das commodities.

Segundo corretores, o impasse nas pautas econômicas no Congresso, sobretudo em torno das fontes de financiamento para o Auxílio Brasil (programa social do presidente Jair Bolsonaro), e o fortalecimento da moeda americana no exterior, puxaram a moeda norte-americana.

Em contrapartida, o mercado continua de olho na queda dos estoques certificados de café na Bolsa de Nova York. Ontem houve forte redução, com a retirada de 33.501 sacas, para 2.039.298 sacas.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em baixa em boa parte do pregão de ontem. O dezembro/21 acabou fechando com desvalorização de 4,22% (845 pontos), a 191,90 cents. O mercado registrou máxima de 201,15 cents (mais 80 pontos) e mínima de 191,30 cents (menos 905 pontos).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta registraram queda ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, os preços foram pressionados em virtude da expressiva queda dos futuros de ambas as variedades. Diante da desvalorização, agentes mantiveram-se afastados do spot nacional.

O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou o dia a R$ 1.149,79 a saca, baixa de 2,6% em relação ao dia anterior. Quanto ao robusta, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 827,36 a saca, recuo de 0,8% no mesmo comparativo. O tipo 7/8 encerrou o dia a R$ 814,86 a saca, 7% inferior ao dia anterior - ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.

Por: DJ Joãozinho Grafista

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