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terça-feira, 26 de outubro de 2021

CLIMA NO VIETNÃ E NO BRASIL:

 CAFÉ: MERCADO ACOMPANHA DÓLAR E CLIMA NO VIETNÃ E NO BRASIL

São Paulo, 26/10/2021 - Os contratos futuros de café arábica registraram recuperação ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), depois de dois pregões seguidos de perdas. O mercado corrigiu quedas anteriores provocadas pela valorização do dólar ante o real. Os fundamentos do café, no entanto, continuam positivos, principalmente com a perspectiva de aperto na oferta global em 2022.

A alta dos contratos futuros de café robusta ontem na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) também pode ter contribuído para impulsionar as cotações do grão. A bolsa londrina foi puxada em grande parte pelo clima adverso no Vietnã, maior produtor mundial desse tipo de café. O contrato de robusta com vencimento em novembro/21 encerrou com valorização de 3,42% (73 dólares), a 2.207 dólares a tonelada. Já o vencimento janeiro/22 ganhou 54 dólares, a 2.195 dólares a t.

O clima chuvoso no Vietnã pode provocar inundações, fechar portos e prejudicar cafezais, segundo a World Weather. O volume de água dos próximos dias pode resultar em inundações urbanas graves e possível parcial paralisação de portos ao longo da costa central do país. A World Weather estima que os danos ao café no Vietnã devem ser baixos e as mudanças no potencial de produção devem ser leves, a menos que se altere a previsão sobre a intensidade das tempestades. "A maior ameaça ao café é a queda do grão provocada pela forte chuva. Muitas vezes, em situações como a atual, existem problemas consideráveis de infraestrutura, que tornam difícil o acesso de trabalhadores às áreas de café", cuja colheita está começando, diz a meteorologia.

O tempo continua chuvoso na Região Sudeste do Brasil, que concentra a produção de café. A Somar Meteorologia informa que pancadas de chuva com trovoadas são previstas para o norte de São Paulo e em praticamente todo o Estado de Minas Gerais nesta terça-feira. Na faixa leste paulista, grande BH, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o céu fica nublado e chove de forma fraca a moderada a qualquer hora do dia, prevê a Somar.

O dólar, à vista, corrigiu ontem parte da alta de 3,16% na semana passada, quando chegou a ser negociado acima de R$ 5,70, por causa da proposta de mudança do teto de gastos e de rumores de saída de Paulo Guedes do ministério da Economia. Segundo corretores, o ambiente externo de apetite por risco também contribuiu para segurar a moeda norte-americana. No fim do dia, o dólar fechou em baixa de 1,27%, a R$ 5,5557, o que reduziu a alta acumulada em outubro para 2,01%.

Pelos gráficos, os futuros de arábica aliviaram indicadores sobrevendidos e podem continuar com inclinação positiva. As resistências estão em 203,80 cents, 211 cents e 215,15 cents (máxima de 12 de outubro). Na parte de baixo, o suporte psicológico é de 200 cents, depois 197,25 cents, 195 cents e 190 cents.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam nos dois lados do mercado ontem. O vencimento dezembro/21 fechou com valorização de 1,35% (270 pontos), a 202,55 cents. O mercado registrou máxima de 203,80 cents (mais 395 pontos) e mínima de 197,25 cents (menos 260 pontos).

O Conselho Nacional do Café (CNC) divulgou ontem comunicado no qual informa que são falsas as informações veiculadas no fim de semana de que o governo brasileiro, por parte do Ministério da Agricultura, autorizou a importação de café verde para o Brasil. No comunicado, o presidente do CNC, Silas Brasileiro, disse que lamenta "profundamente que Fake News como essa ainda seja veiculada, visto que traz um grande prejuízo para a cadeia produtiva do café, com impacto de enormes dimensões no País e no mundo, já que o mercado oscila e especula. Não é a primeira vez que enfrentamos esse tipo de estratégia vil que é utilizada para movimentar o mercado e desestabilizar o café brasileiro frente a outros países produtores".

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam em boletim diário que as cotações do café arábica e do robusta subiram ontem no mercado físico.

Segundo os pesquisadores, os valores domésticos do café robusta foram impulsionados pelo avanço dos preços externos e pela retração de vendedores no Brasil. O Indicador Cepea/Esalq do robusta do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 759,87 a saca, aumento de 0,6% em relação ao dia anterior. Para o 7/8, a média foi de R$ 747,37 a saca, elevação de 0,3% no mesmo comparativo - ambos à vista e a retirar no Espírito Santo. Para o arábica, os futuros também se elevaram, sustentando os preços nacionais, disse o Cepea. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.247,88 a saca, praticamente estável (+0,1%) em relação ao da sexta-feira, 22.

Por: DJ Joãozinho Grafista

Fonte : Broadcast Agro

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