Lincoln Vieira Tavares
No Evangelho de Jesus, Novo Testamento, a Boa Nova, encontramos diversos exemplos:
Vamos
começar por Paulo de Tarso, que conforme relatos, tanto em Atos dos Apóstolos,
como em suas diversas epístolas, demonstra constância, firmeza em suas
decisões, jamais abandonando as lições de Jesus.
A
partir de sua visão do Cristo, ao se iniciar sua missão, antes Saulo, doutor da
lei, agora Paulo, ele enfrentou inúmeros obstáculos, que fariam a muitos
desistir e tomar rumos diferentes.
Em princípio, a
questão de ser perseguido pelos antigos companheiros, mestres do Judaísmo, e ao
mesmo tempo visto com total desconfiança pelos próprios discípulos de Jesus,
que acreditavam ser ele um traidor disfarçado.
Enfrentou revoltas em diversas cidades onde pregou o
evangelho, inclusive apedrejamento, prisões e por fim o sacrifício da própria vida.
Outros apóstolos também foram perseguidos durante toda a
vida, como foi o caso de Pedro, Thiago que foi decapitado, e praticamente todos
os outros.
Até João, que foi exilado para a Ilha de Patmos, na Grécia, que
teve poupada sua existência, mas sofreu a solidão, aproveitando para escrever
sua parte constante dos evangelhos. Persistiu até o final.
Sabemos que nenhum deles desistiu de suas tarefas,
enfrentando com firmeza e dignidade todo o sofrimento, pela causa de um ideal
maravilhoso, que era a divulgação dos ensinamentos do Divino Mestre.
Exemplos de firmeza, constância, encontramos também nos
chamados santos da Igreja Católica, que
viveram em maioria na Idade Média,
alguns sacrificados pela própria inquisição.
Muitos tiveram de abandonar família, afazeres, pela causa do
Cristo.
Falando de espiritismo, vamos nos lembrar da constância de
Bezerra de Menezes, que nunca deixou de acudir os necessitados, com sacrifício
pessoal, e de Francisco Cândido Xavier, o nosso Chico Xavier, portador de
inúmeras enfermidades, que até os 92 anos de idade trabalhou pelos necessitados,
nunca recuando, mesmo ante processos judiciais que enfrentou, bem como injúrias
e difamações espalhadas por seus adversários, naturalmente assistidos por
inimigos desencarnados, para que a obra do consolador não prosperasse.
Hoje, infelizmente, ainda deparamos com companheiros que
chegam a abraçar a Doutrina Espírita, demonstrando em princípio grande amor à
causa, mas que na verdade são como que “fogo de palha”, não persistem pois às
primeiras dificuldades, ou por acomodação, se afastam de suas atividades
doutrinárias, sob alegações na maioria das vezes sem lógica.
Recordamos aqui a Parábola do Semeador, que convidamos
nossos leitores a reler, que trata dos diversos tipos de atitudes a partir do
recebimento da semeadura dos ensinamentos espirituais.
Em nossas vidas também, no lar, no trabalho e na sociedade,
cuidemos para que possamos agir com firmeza e dignidade, constância naquilo que
assumimos, até porque isso irá nos beneficiar na evolução espiritual, além do
socorro que iremos oferecer a familiares e companheiros, com os quais nos comprometemos trabalhar.
Vamos recordar as lições de Paulo e dos demais apóstolos de
Jesus, bem como de figuras a que nos referimos, ao tempo em que podemos contar
com as lições do Evangelho de Jesus, hoje interpretadas à luz da abençoada Doutrina Espírita.
Lições grandiosas que se constituem em dádivas do plano
espiritual em favor de todos nós, não somente hoje quanto para os tempos que
virão, seja aqui ou na própria espiritualidade, onde a vida continua, pela
eternidade afora.
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