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Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

ESCAMAS:


Lincoln Vieira Tavares

         No capítulo 9 de ATOS, parte do evangelho que relata a vida dos apóstolos de Jesus, e segundo a tradição escrito por Lucas evangelista, encontramos parte dos acontecimentos com Paulo de Tarso, anteriormente chamado Saulo, doutor da lei, que se tornou adepto do Cristo, depois de uma visão na estrada de Damasco, quando dirigia um grupo em perseguição aos homens do caminho, hoje chamados cristãos.
         Ao cair do cavalo, e dialogar com Jesus, descobrindo-se cego, dirige-se à Damasco, onde por ordem de Jesus recebe a visita de Ananias, que lhe impõe as mãos, momento  que o evangelho descreve:
“E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista” (Atos 9;18.)
         Vamos nos deter nessa parte, para observar que  é possível que tenhamos sido, ou ainda sejamos,  criaturas cobertas de escamas, tanto em nossa visão, quanto em nosso modo de viver.
         Nós espíritas, reencarnacionistas que somos, sabemos que esse procedimento negativo tem sua origem  também em existências anteriores, motivo pelo qual ainda nos achamos matriculados no Planeta Terra, mundo de provas e expiações.
         É possível que nossa visão espiritual, coberta de “escamas” tenha nos impedido de amar ao próximo, abrigando ainda o egoísmo, o orgulho e a insensatez.
         Sabemos dessas coisas graças aos ensinamentos do evangelho, interpretado à luz da Doutrina Espírita.
         A figura de Ananias, apóstolo do Senhor, pode ser atribuída a todos aqueles que carinhosamente nos ampararam e ainda o fazem, tanto encarnados como até desencarnados, que nos auxiliam na caminhada.
         Na mensagem do evangelho, percebemos que Saulo, depois chamado Paulo, apenas recupera a visão material, para depois,  através de lutas, dores e trabalho, recuperar a verdadeira visão, que é a espiritual.
         Assim também conosco, pois os “Ananias”  de nossas existências somente podem auxiliar, porém o despertar para a vida compete a cada um de nós.
         Esse é o convite que a espiritualidade nos faz, aproveitarmos o nosso tempo para uma mudança em nosso modo de viver.
Aprendemos nos ensinamentos espíritas que fora da caridade não há salvação, podendo ser entendido não como salvação, mas por evolução.
         Porém o que seria o exercício da caridade, em seu conceito maior?
         O Livro dos Espíritos, nossa obra básica, nos responde na questão de nº 886, como se referindo  a vivência do Divino Mestre:
“Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas”.
         Enquanto não nos decidirmos a colocar em prática  essas orientações, dentro das possibilidades de cada um, permaneceremos com “escamas” cobrindo nossa visão espiritual e enfrentaremos dificuldades em nossas existências.
         Temos a receita para todos nós, vamos aprender a fazer a manipulação no laboratório de nossas vidas?
        

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