Lincoln Vieira Tavares
“Estando Jesus
a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa
viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas. E disse: Verdadeiramente, vos digo
que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta
daquilo que lhes sobrava, esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía,
todo o seu sustento.” (Lucas 21: 1 a 4)
O gazofilácio
era uma caixa de madeira que ficava à porta do Templo de Jerusalém, onde com a
mão direita se colocava as doações.
O sentido
literal da passagem acima é bem conhecido, assim nos propomos aprofundar um
pouco mais seu sentido.
Concluímos pelo
ensinamento de Jesus que a verdadeira doação está na exata proporção de nosso
desprendimento, em relação a beneficiar nosso próximo.
Seria, por
exemplo, o interesse em sacrificarmos nosso conforto momentâneo, nosso tempo,
para na qualidade de voluntários oferecer algo mais em favor do próximo.
Quanta gente
que serve nessa qualidade a entidades já existentes e quantos levam
pessoalmente o conforto o consolo a enfermos, a desorientados, que passam por
provas diversas?
Não importa a
religião ou escola filosófica a quem pertençam os assistidos, ou até se não
participam de nenhuma, o que interessa é o oferecimento do amparo, em nome de
Jesus.
E fica claro
pela mensagem que necessário será oferecer até mesmo daquilo que possuímos e
que poderá diminuir nosso conforto, como exemplo o tempo, a doação material, e
até o enfrentamento de outras dificuldades, causadas pelos próprios assistidos.
No estudo sobre
a passagem evangélica que intitulamos “A Figueira Estéril,” entendemos que
Jesus a dizer que necessário seria a produção de frutos mesmo fora da época,
visualizamos o que isso significa.
O óbulo da
viúva, seria exatamente oferecermos como auxílio algo fruto do sacrifício de
cada um de nós. Seria aquele algo mais...
Para
exemplificar, quantos que estão doentes e ainda auxiliam outros enfermos. Que
são pobres materialmente e acolhem pais idosos e os assistem em suas próprias
casas, até o término de suas atuais existências.
São muitos os
exemplos dignificantes, que para nós, estudantes da Doutrina Espírita, dentro
do espírito cristão, precisamos pensar mais buscando, dentro de nossas
possibilidades, oferecer o óbulo da viúva, sendo que as oportunidades surgirão
no dia a dia, dentro do que se costuma dizer que quando o trabalhador está
pronto, o trabalho aparece.
Sejamos os
produtores de frutos, mesmo fora da estação, ofereçamos nosso óbulo, a fim de
que a presente existência possa se constituir em caminhada evolutiva vitoriosa,
em busca de planos maiores.
Que Jesus nos
abençoe e ampare sempre, fortalecendo-nos para as tarefas a que formos
convocados!
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