Olavo
Machado Junior
O Brasil está
na elite mundial no campo da educação profissionalizante. Os resultados
alcançados pela delegação brasileira na WorldSkills 2017, que acaba de ser
realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 15 e 18 deste
mês, nos enchem de orgulho. Numa disputa entre 68 países, de todos os
continentes, conquistamos o segundo lugar geral. Em essência, os 56 competidores
do nosso país - 51 deles alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI) - simbolizam o futuro que queremos para o Brasil.
Nesta
"Copa do Mundo" da educação profissional, os estudantes brasileiros
competiram em 50 ocupações diferentes e fizeram bonito. Foram sete medalhas de
ouro, cinco de prata e três de bronze, além de 26 Certificados de Excelência.
Os mineiros tiveram participação destacada - os oito alunos do SENAI-MG que
participaram da WorldSkills 2017 trouxeram para Minas Gerais três medalhas.
Foram duas de ouro e uma de prata, além de dois Certificados de Excelência.
Os resultados
expressivos nos mostram que estamos no caminho certo. Juntos, o SENAI e o
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), entidades integrantes do
Sistema S, criadas para formar trabalhadores para a indústria e para o
comércio, cumprem sua missão. Com o SENAI e o SENAC, geramos oportunidades de
capacitação para milhões de brasileiros e formamos cidadãos capacitados para
atuarem em empresas produtivas e competitivas.
Na verdade, a
colocação obtida em Abu Dhabi confirma que os investimentos feitos pelo Sistema
S para formar trabalhadores são eficientes e estratégicos para o Brasil. O
SENAI é o maior complexo de educação profissional e serviços tecnológicos das
Américas. Fundado em 1942, já qualificou mais de 71 milhões de profissionais.
Estamos presentes em todas as regiões do país, com 555 escolas e 442 unidades
móveis.
Em Minas
Gerais, estamos presentes nos quatro cantos do estado. O Sistema FIEMG, por
meio do SENAI-MG, mantém 83 escolas de ensino profissionalizante. Somente nos
últimos seis anos, essas unidades foram responsáveis pela formação de mais de
403 mil trabalhadores para a indústria mineira.
Nossa
homenagem, portanto, aos nossos campeões: Lucas Fernando Santos, de São João
del-Rei, e Pablo Joander de Paulo, de Pará de Minas, ambos medalhistas de ouro
na WorldSkills 2017. Parabéns também a Rhany Moreira, de Divinópolis, prata na
modalidade "Confecção", e a Davi Fonseca e Rubens Santos, que conquistaram
Certificados de Excelência. São, todos, exemplos da qualidade dos profissionais
que o SENAI forma.
Promover
educação de qualidade é compromisso inarredável da indústria mineira.
Acreditamos que somente por essa via nossas empresas ampliarão sua capacidade
de inovar, desenvolver tecnologia e agregar valor aos seus produtos. Apostamos
e investimos na formação de recursos humanos qualificados em nível de
excelência, capacitados a acompanharem a revolução que ocorre em um mundo cada
vez mais globalizado e de concorrência mais intensa. Esse, exatamente, é o foco
do trabalho que desenvolvemos com o Serviço Social da Indústria (SESI), na
educação básica, e com o SENAI, no ensino profissionalizante.
Nesse momento
de celebração dos resultados na WorldSkills, relembramos a história da
indústria mineira e brasileira, sempre pautada na luta pela educação e pela
qualidade de vida do trabalhador. Essa é uma bandeira histórica da Confederação
Nacional da Indústria, das federações estaduais de indústria, de centenas de
sindicatos empresariais presentes em vários municípios do país e dos milhares
de empresas a eles associados.
A história da
FIEMG, do SESI e do SENAI é uma história que, em todos os seus capítulos,
expressa o respeito da indústria pelos seus trabalhadores e, igualmente, o
reconhecimento à importância estratégica que eles têm na construção de uma
indústria forte e competitiva. Obviamente, repudiamos qualquer tipo de
exploração de trabalhadores e condenamos aqueles que eventualmente adotam tais
práticas - empresas de verdade não fazem isso. É por essa razão que apoiamos as
alterações que acabam de ser introduzidas pela Portaria nº 1.129 na área do
combate ao trabalho escravo. São aperfeiçoamentos necessários para evitar
arbitrariedades e avaliações subjetivas da fiscalização.
De fato, esse
documento traz avanços relevantes ao estabelecer critérios mais objetivos na
tipificação do que efetivamente deve ser considerado trabalho escravo. Na
verdade, seu novo texto apenas exige que, a partir de agora, os fiscais apresentem
provas concretas antes de expor empresas, taxando-as de escravocratas. Isso
significa maior transparência e segurança jurídica, fatores que, a um só tempo,
interessam às empresas e aos trabalhadores - ou seja, interessam a toda a
sociedade brasileira.
Uma pena,
portanto, que o Supremo Tribunal Federal, por meio de liminar, tenha
determinado a suspensão da Portaria nº 1.129 e, via de consequência, cancelado
os avanços nela contidos, restabelecendo o ambiente de insegurança jurídica.
Lamentamos, pois entendemos que ao Judiciário compete promover a justiça.
Legislar não faz parte de suas atribuições.
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