Lincoln Vieira Tavares
Encontramos em
Atos dos Apóstolos Cap. 19:15, um episódio muito importante.
Expliquemos
antes que alguns judeus exorcistas ambulantes que recebiam vantagens materiais
pelo trabalho, tentavam afastar um espírito, usando os nomes de Jesus e de
Paulo, apóstolo.
Diz a passagem
então: “mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é
Paulo, mas vós, quem sois?”
Questão
interessante, pois a entidade espiritual desencarnada dizia conhecer a Jesus, o
que não significava que era seu adepto, mas que sabia perfeitamente quem era e
até que tipos de ensinamentos o Divino Mestre teria ministrado, bem como ter
sido ele alguém que exemplificara o amor, em seu sentido mais amplo.
Nós sabemos que
espíritos desencarnados, mesmo ainda trilhando o caminho do mal, têm
conhecimento do bem, mas se recusam, temporariamente, a mudar de procedimentos.
Quanto ao
apóstolo Paulo, diz a entidade que sabia quem era, vale dizer, alguém também
que vinha realizando tarefas, sempre para o bem.
Porém a
pergunta: “mas vós quem sois?” deixa claro a dúvida, quanto à moralidade dos
tais exorcistas.
Trazendo para
hoje esse ensinamento, podemos concluir que seremos sempre reconhecidos, num
sentido positivo, elevado, tomando por base nosso procedimento, o exercício
pleno das leis morais, dentro da ética, que significa interiorização de
atuações corretas, no caso em estudo.
Reflitamos:
Como tem sido o nosso procedimento na prática? Que tipo de autoridade moral, de
ética, portamos nós? André Luiz já diz: “A palavra convence, mas o exemplo
converte” .
A Doutrina
Espírita nos esclarece que não é bastante conhecermos as leis do Cristo,
necessário trabalhar no sentido de nos tornarmos verdadeiramente cristãos, no
caso verdadeiros espíritas, que é a mesma coisa.
Se no exercício
da mediunidade, importante que nossas vidas sejam conduzidas, dentro do
possível, com base na Lei do Amor, que não comporta vaidade, prepotência, ou
atitudes indignas.
Allan Kardec
qualifica como verdadeiros espíritas aqueles que buscam se transformar para
melhor e que desenvolvem esforços para lutar contra suas más inclinações.
Espelhemo-nos
no exemplo que Lucas nos coloca, pois que foi ele o autor de Atos dos
Apóstolos, em relação à necessidade de vivermos aquilo que estudamos e falamos,
em todos os momentos de nossas existências.
Que Jesus e os
Mensageiros do Bem nos auxiliem nessa tarefa grandiosa, lenta, porém
necessária.
Façamos, cada
um nossa reflexão, e entabulemos mudanças para o bem, a fim de que não
precisemos ser interrogados dessa maneira: “E vós, quem sois?”
Nenhum comentário:
Postar um comentário