Lincoln Vieira Tavares
Encontramos
no Evangelho de Jesus diversas passagens que nos falam da importância da luz,
que não iremos transcrever, por falta de espaço, mas que anotamos para que
nossos leitores possam consultar: Mateus 5:14 a 16 – Lucas 11:35 a 36 – João
12:35 – Efésios 5:8.
Segundo
os evangelistas, Jesus coloca os discípulos como “luz do mundo”, dizendo
que eles deveriam fazer brilhar a luz diante dos homens, através das boas
obras, enquanto que são também os Efésios orientados, em epístola de
Paulo, para que eles andassem como
filhos da luz.
Devemos
saber que todas essas advertências, dizem respeito a nós também, que nos
intitulamos cristãos e espíritas, seguidores do Evangelho do Cristo.
Importante
entendermos que o mundo hoje, infelizmente, tem trabalhado na “contra
mão” desses ensinamentos, onde as pessoas são conhecidas mais pelo TER do que pelo SER, além da impessoalidade, pois muitas vezes somos números e
senhas, e nada obstante o grande e louvável progresso intelectual, ainda existe a ausência de espiritualidade, em todas os níveis do planeta.
Para
falarmos em luz, precisamos saber o que é sombra e o que são trevas.
Na
verdade, trevas significa ausência completa e total de luz, enquanto que a
sombra é o reflexo da luz, sendo que a luz quando encontra um obstáculo,
ocasiona a sombra.
Transpondo
essa realidade para o contexto espiritual, temos que todos nós somos centelhas
divinas, portanto filhos da luz, e se ainda manifestamos sombra, em nossas
vidas, é porque existem obstáculos que impedem a presença constante da luz, já
existente em todas as criaturas humanas.
Quais
seriam esses obstáculos?
JUNG
fala de “acolher a sombra e iluminá-la”. Portanto, não podemos negar a
nossa sombra, isso equivaleria a colocarmos os problemas nossos “sob
o tapete”, porém, se assumirmos essa realidade, precisamos trabalhar no
sentido de iluminar, com a luz que já possuímos, a sombra que existe em nós,
através do autoconhecimento, que nos indicará nosso roteiro para a transformação.
Esse
roteiro, certamente, iremos encontrar nos Evangelhos do Senhor, explicados à
luz da abençoada Doutrina Espírita, que nos esclarece que a sombra refere-se ao
egoísmo, ao orgulho, à vaidade, a ausência do perdão, enquanto que a luz é o
bem, o amor, consequentemente o perdão, o trabalho em favor do próximo.
Aproveitemos,
então, essa oportunidade que hoje nos oferece o Consolador Prometido por Jesus,
e mãos à obra, não para tentar mudar o mundo que nos acolhe, mas sim em favor
da reforma íntima de cada um de nós.
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