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AMP:
Ao anoitecer do primeiro dia da semana, os discípulos estavam reunidos, Tomé
estava ausente. Estavam todos
amedrontados, tímidos sem saber o que fazer aonde ir, e como continuar, sem a
presença do Mestre, tudo estava acabado. As portas estavam fechadas, sentiam
sozinhos, ameaçados por uma realidade hostil, inóspita a fé em Jesus o Messias.
É neste contexto que Jesus Ressuscitado se apresenta em meio aos seus. Jesus fica
no MEIO DELES, e comunica-lhes a Paz. A presença de Jesus vai aos poucos
dissipando as trevas da dúvida, do medo. A sua presença no meio dos discípulos
é que irá dar-lhes esperança, força, alegria e sustento no anúncio. Depois de
comunicar-lhes o dom de seu infinito amor, que á Paz, revela-lhes sua
identidade. Ele mostrou-lhes as mãos e o lado. Era o mesmo Jesus que fora
humilhado, rejeitado por todos, crucificado e morto como pior criminoso, que
havia sido sepultado que agora se apresentava em Meio aos seus. A alegria toma
conta do coração deles. Jesus sopra sobre eles o Espírito Santo, é o novo
nascimento. Assim como ao criar o ser humano, Deus insufla o sopro da vida em
sua criatura, Jesus o doador da graça sopra sobre os discípulos o Espírito Santo.
Eles serão anunciadores de uma nova vida, um novo mundo deverá ser construído
fundamentado sobre a Paz e o Perdão. A Paz para destruir a violência, a
discórdia, a vingança, e as guerras, e o Perdão para reconciliar o ser humano
com seu Criador, consigo mesmo e com a natureza pela paixão, morte e
ressurreição do Salvador. A comunidade (Igreja) é responsável em anunciar a boa
nova de Paz e Perdão para o mundo. Para isto deverá IR. Terá que abrir as
portas, ir de encontro aos desafios da humanidade, levar esperança, amor,
perdão, solidariedade aos que sofrem e libertá-los do Pecado e da morte. A
missão de Jesus é agora a Missão da Igreja. Ela é enviada para levar ao mundo
em todos os tempos sua mensagem de amor, paz e reconciliação. É enviada a Ir ao
mundo todo, à humanidade toda, para salvá-los, livrá-los do pecado, da
ganância, da competição que trazem morte para o ser humano e para o planeta. A
alegria e a esperança inundaram aqueles corações, até então desolados pela dor,
pela morte. Tomé não estava com a Comunidade. Quem esta “fora” da comunidade
não poderá entender a experiência com o Ressuscitado. “Vimos o Senhor”, dizem-lhes os discípulos. Tomé não acredita no
testemunho da comunidade. Quer uma constatação pessoal. Simboliza a pessoa que
precisa ver para crer. A fé verdadeira não precisa ver, acredita nos sinais, no
testemunho dos irmãos a partir da experiência pessoal que vai se fazendo na
comunidade dos seguidores de Jesus. Jesus Ressuscitado está no meio da
comunidade, fala através dos seus, vive neles e comunica por meio deles seus
dons e sua Graça. Para crer nele, basta “ver” os sinais. No domingo seguinte,
Tomé esta com a comunidade, Jesus se apresenta novamente e lhe diz: “Põe
teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende tua mão e coloca-a no meu lado. E
não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé reconhece sua falta de fé em Jesus
e na comunidade e professa sua fé com profundidade, conhecimento e grandeza: “MEU
SENHOR E MEU DEUS”. Jesus exorta
os discípulos e todos nós, que felizes serão não os que veem para crer, mas o
que creem nele sem tê-lo visto. Nisto estará à grandeza da fé. O ressuscitado
realizou muitos sinais para que os discípulos cressem firmemente nele, e crendo
o anunciassem sem medo mundo afora, não se importando mais com os desafios, a
hostilidade, a indiferença, das pessoas. A comunidade deverá anunciá-lo com
esperança em meio à morte, perigos e conflitos, aguardando cada dia sua vinda
gloriosa. Jesus prometeu que estaria com eles, com a Igreja e todos os seus
todos os dias até o final dos tempos. Portanto, não percamos tempo saiamos da
nossa zona de conforto, do nosso comodismo e covardia e anunciemo-lo na força
do Espírito Santo. Levemos PAZ e PERDÃO ao mundo tão sofrido e doente.
Por: Pe. Reginaldo da Silva / Direto da
Diocese de Guaxupé
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