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quinta-feira, 21 de março de 2013

O CAMINHO DA CRUZ PASSA PELO DESPRENDIMENTO, HUMILDADE E SIMPLICIDADE ( Lc 22,14-23,56) - Direto da Diocese de Guaxupé:


Agência AMP: A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus.  A cruz é consequência de uma vida que se fez serviço. Na cruz revela-se o amor de Deus, amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. O evangelho de Lucas na versão mais longa nos apresenta uma riqueza de elementos para nossa reflexão. Inicia-se com Jesus ao redor da mesa no seu último encontro fraterno com seus discípulos. “Fazei isto em memória de mim”. Sua vida toda foi sempre trigo que se tornará pão, foi sempre uva que se tornará vinho. Dois elementos que necessitam serem amassados, pisados para se tornarem comida e bebida. A vida do discípulo do reino deverá ser desprendida, desapegada de si mesmo para se tornar alimento para a humanidade, como foi à vida do Mestre, dom total para os outros. Os discípulos discutem entre si, quem seria o maior. Jesus ensina-lhes que aqueles que desejam segui-lo deverão renunciar as grandezas e honras deste mundo, e buscar ser humilde, ser último, ser servidor. No monte das Oliveiras Jesus é confrontado consigo mesmo, sua vontade e a vontade de seu Pai. O Pai não obriga o Filho, assim como não ameaça nenhum dos seres humanos. Ele deu-nos liberdade e a respeita. Quer homens livres, que sejam capazes de dar a vida aos outros por amor. Jesus dá a vida, motivado e sustentado pelo infinito do Pai. Os discípulos irão fugir, Pedro o escolhido para fortalecer os irmãos na fé, irá negá-lo. Apresentado diante das forças imperiais religiosas e políticas da época, Jesus irá ser julgado, acusado de blasfemo, é maltratado e acusado injustamente, o inocente será morto, e lançado fora como um criminoso perigo. Aquele que nunca usou de violência, irá ser violentado, aquele que não veio para julgar, mas para salvar será julgado pelos mais injustos poderes opressores, o que somente ensinou e viveu o amor, será odiado. O julgamento, e cruz de Jesus Cristo revelam nossa insanidade humana. No julgamento e morte de Jesus estavam todos os homens de todas as épocas, Ali estava sendo revelado, desmascarado nossa maldade, nossa mentira, nosso desejo e apego pelo poder. Julgamos, condenamos e Matamos continuamente os inocentes. No caminho do calvário Jesus encontra solidariedade dos pequenos, dos pobres e desvalidos do mundo. Na cruz do seu lado encontra ainda fé. No ladrão arrependido encontrou confiança e reconhecimento. Jesus morre perdoando, pedindo perdão ao Pai  pelas nossas maldades. O que dizer, como entender tamanha loucura de amor? A cruz é maior expressão de amor de Deus pela humanidade. Celebrar a paixão e morte de Jesus é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil.  Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai, e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar. Contemplar a cruz onde se manifesta o amor e a entrega de Jesus significa assumir a mesma atitude e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de direitos e de dignidade.  Significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias. Significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens. Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor. Viver deste jeito pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de uma dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da ressurreição. Seguir a Jesus é abandonar-se nas mãos do Pai, e percorrer o mesmo caminho que o Filho de Deus percorreu caminho de desprendimento, humildade e simplicidade.

Por: Pe. Reginaldo da Silva / Direto da Diocese de Guaxupé

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