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Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

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sábado, 2 de março de 2013

FÉ E CARIDADE:


Lincoln Vieira Tavares
Frequentemente se questiona a respeito da importância da fé isoladamente, ou mesmo do exercício da caridade, sem a fé.
O espírito Emmanuel, em excelente colocação, nos esclarece, comparando,  que a fé sem a caridade seria como maravilhosa máquina, colocada em uma exposição, porém nunca utilizada. 
Sabemos, também, que a caridade sem a fé, poderia representar apenas uma manifestação social, sem que se imprimisse o sentimento de amor, que a fé inspira.
Existem pessoas destituídas de fé,  que auxiliam o próximo, apenas no afã de receber aplausos, retribuição, acreditando que estariam beneficiando seres inferiores, ao passo que aqueles que têm fé, nunca esperam retribuição, estando estruturados por um poder superior, que os impulsiona ao bem, e entendem que os seres a quem estão auxiliando são irmãos, filhos do mesmo Pai, que é Deus. 
A Doutrina Espírita nos ensina que a verdadeira fé tem de se estribar na razão, para que saibamos porque acreditamos, e esse conhecimento irá, seguramente, nos impulsionar à prática do amor ao próximo, como nos ensinou Jesus.
Por não entender assim, é que no mundo de hoje observamos tantas distorções, quando se costuma confundir caridade com esmola, sendo que a primeira refere-se ao amor de  verdade, que se transmite ao próximo, doação pessoal e sincera, compaixão, solidariedade, abnegação, ao passo que esmola, seria como que um favor, até para se livrar do pedinte, sem nenhuma intenção de fraternidade.
Não se pode pretender que somente a fé solucione nossos problemas espirituais, uma vez que o próprio Evangelho não concorda com esse ponto de vista. O apóstolo Tiago, em sua Epístola, no capítulo 2, versículo 17, assim afirma: “assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”.
Muitos, sempre que se fala da impossibilidade de poder existir a verdadeira caridade sem a fé, citam a Parábola do Bom Samaritano, relatada por Jesus, em que um homem descendo de Jerusalém para Jericó foi assaltado, ficando caído e
ferido na estrada. Passando por ali um sacerdote e um levita (também sacerdote de outra tribo), nada fizeram, e ao passar um samaritano (que era considerado herege) atendeu o caído, proporcionando-lhe excelente atendimento, sem nenhuma intenção de obter algum retorno.
Porém, cabe lembrar que o samaritano não era um herege, pelo contrário, tinha muita fé, apenas sua forma de adorar a Deus era diferente dos Judeus, pois, enquanto que esses oravam no Templo de Jerusalém, os samaritanos tinham um novo templo no Monte de Gerizim. 
Allan Kardec diz que eles eram os protestantes da época...
Diante disso, percebemos que o samaritano agiu impulsionado pela sua fé, e que, na verdade, quem não possuía fé verdadeira eram os sacerdotes, que passaram antes.
Excelente lição para todos nós, espíritas cristãos de hoje, que julgamos ter fé, e às vezes não socorremos os caídos ao nosso lado, que poderão  até mesmo se encontrar bem perto, quem sabe até dentro de nossos lares!
Pensemos nisso, e que as bênçãos de Jesus e os ensinamentos da Doutrina Espírita nos guiem,  no sentido de sempre conseguirmos aliar a fé à caridade verdadeira. 

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