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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

SAÚDE MENTAL: Equipe do governo aponta nova modalidade ao Otto Krakauer


PASSOS – Com a frase “o céu é o limite para a criatividade a este setor” o psiquiatra Paulo Roberto Repsold, chefe da equipe da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, enviada a Passos por determinação do secretário Antônio Jorge de Souza Marques, apontou várias opções como saída para a situação financeira do Hospital Otto Krakauer, entre elas o atendimento de convênios, ala particular e inclusão de pacientes de álcool e drogas.
         Além do psiquiatra que já foi coordenador da Saúde Mental no Estado de Minas Gerais, esteve presente o psicólogo Leandro Oliveira Iannotta durante os dois dias. As visitas foram acompanhadas também pela diretora da Superintendência Regional de Saúde, Kátia Rita Gonçalves, pelo subsecretário de Política Urbana, Renato Andrade, pelo diretor clínico do Otto, o médico Wellington Andrade, pela chefe do setor de Enfermagem, Iara Silveira, pelo diretor Luiz Carlos Cherain e pelo funcionário do hospital Fabiano de Almeida Oliveira. Todos os trabalhos e reuniões foram na companhia do presidente da Fundação Beneficente São João da Escócia, mantenedora do Hospital Otto Krakauer e do Recanto Geriátrico, Marcelo Rezende.
         Paulo Repsold conheceu todos os departamentos do hospital, ouviu funcionários e assistiu uma apresentação de dados dos últimos três anos do Otto Krakauer. A explanação foi feita pelo consultor da Pró-Saúde Mental, Nelson Fernandes Jr, que é consultor especial do Hospital.
         Após estes dois dias Repsold ponderou que os últimos anos vem sendo de extrema gravidade para o Otto Krakauer e comprometendo altamente o seu futuro, principalmente pelo fato de a Política Assistencial Hospitalar do Ministério da Saúde ser no sentido de gradualmente fechar os hospitais psiquiátricos.
“A fundação sabe deste fato, o Estado não tem como mudar a decisão do Ministério da Saúde, mas é sensível à situação e entende que há sim demanda de unidade hospitalar de saúde mental”,disse o médico.
         Ainda conforme Repsold é preciso respeitar a decisão da fundação, mas a sugestão é para dinamizar a modalidade de atendimento.
Para o psiquiatra a fundação precisa analisar o que quer fazer para sair de uma situação de 100% atendimento SUS (Sistema Único de Saúde) para outra realidade e “mudar o paradigma recriando uma instituição de assistência integral”.
“Vemos que paralelamente ao atendimento da saúde mental, existem casos de doentes de álcool de drogas para os quais o Otto Krakauer pode vir a se estruturar para atender, seja de forma particular ou por meio de convênios, principalmente os quadros graves de usuários de crack, que causam problemas não só a eles, mas às famílias e à sociedade com o aumento da criminalidade, algo que em Passos está evidente”, salienta Repsold lembrando que a cidade está no centro da rota caipira.
 “Tenho a certeza de que se a Fundação optar por se tornar um centro de Excelência e Referência na Assistência Integral a Saúde Mental e Drogas, ela irá poder contar ainda mais com o apoio, não só do nosso Secretário de Saúde, Antônio Jorge, mas também com o do próprio Governador Antonio Anastasia, que é bastante sensível a esta causa”, explica o psiquiatra.
 Ainda conforme Repsold, o que se tem visto acontecer é uma migração gradual de hospital psiquiátrico para hospital dia e a abertura de uma unidade de reinserção social, proteção psicossocial, clínica para atendimento particular, tanto de saúde mental, quanto de drogas e ainda aos pacientes residentes, que no caso de Passos são 21 moradores, criando abrigamentos para um máximo de oito pessoas e com atendimento dos profissionais da saúde e terapias por meio de oficinas”, apontou.
“Este é o Otto Krakauer dos próximos 30 anos a que o Secretário Antônio Jorge se referiu e prometeu apoiar quando da reunião em Belo Horizonte, há 15 dias”.

Reestruturação física
também é sugerida

      PASSOS – Paulo Repsold informou que para o caso de uma reestruturação física, o Governo do Estado tem como ajudar a buscar apoios nos parlamentos e junto à iniciativa privada.
“Outra possibilidade é buscar parceria com as universidades para abrir residências médicas e espaços de estágio aos cursos relacionados com um hospital e com a saúde mental. A fundação poderia buscar a UFMG, a Unifesp, a USP e tantas outras universidades que precisam de campos de estágios”, salienta o médico.
Além destas possibilidades apresentadas por Repsold, a abertura para convênios seria outra solução para angariar recursos.
“Quantas famílias necessitam de atendimento como o prestado no Otto, indaga - porém algumas querem uma qualidade superior, até mesmo com quartos em que um ente da família possa se hospedar junto com o paciente. É é o caso de clínicas em Belo Horizonte e vários outros locais, onde os hospitais psiquiátricos foram fechados e estas alternativas vingaram”, disse à reportagem.
“Voltamos para a Capital muito sensibilizados com as necessidades apontadas pelo Otto Krakauer e o esforço que vem sendo empenhado pela Diretoria no sentido de manter de pé uma instituição que tem, até mesmo no nome que ostenta, um histórico de determinação e de superação ante as maiores dificuldades”, finaliza.

Regional de Saúde é
solidária às mudanças

     PASSOS - A diretora da Superintendência Regional de Saúde, Kátia Rita Gonçalves afirmou que está solidária à situação vivenciada pelos administradores do Otto Krakauer e vai contribuir para que uma solução a curto e médio prazo sejam concluídas.
“É preciso reinventar e repensar a saúde mental, não deixando de pensar no papel social e de filantropia que o Otto teve e tem para Passos e região. Mas são necessárias novas formas de captação e de mobilização de recursos. Isto significa não só assegurar os recursos novos, mas também a otimização dos recursos existentes”, assegura Kátia.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os países em desenvolvimento registrarão um aumento significativo da carga de doença atribuível a problemas mentais nas próximas décadas.
Conforme a diretora, nada mais natural que a instituição também se reinvente. “A chegada de Marcelo Rezende, com um olhar de gestor provocou mudanças na estrutura de gestão do hospital. Ele traz uma visão de futuro, o que amplia as chances de se identificar oportunidades. A própria visita do Repsold é uma resposta ao trabalho do presidente da fundação. Repsold é membro da equipe do secretário Antônio Jorge e temos certeza que a sua contribuição é fundamental para nos ajudar a qualificar o Otto”, afirma Kátia.

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