Governador
assina decreto que
regulamenta
Fundo Estadual de Café
Fecafé terá cerca de R$ 100
milhões até 2014 para modernização da produção do café, aumentando a
competitividade e a qualidade do produto em Minas Gerais
Legenda: Anastasia
afirmou que regulamentação do fundo é um compromisso firmado com o setor
cafeeiro
O governador Antonio
Anastasia assinou, na terça-feira (11), no Auditório JK da Cidade
Administrativa, durante encerramento do 9º Concurso Estadual de Qualidade dos
Cafés de Minas Gerais, decreto que regulamenta a Lei nº 20.313, de 27 de julho
de 2012, que institui o Fundo Estadual de Café (Fecafé).
Até o fim de 2014, o Fecafé deverá
disponibilizar cerca de R$ 100 milhões, apenas com recursos do Tesouro
Estadual, contribuindo para o desenvolvimento da cadeia produtiva do café. O
grupo coordenador do fundo, formado por 15 representantes da sociedade civil,
da Assembleia Legislativa e do Governo de Minas, será instalado no
início do próximo ano, para definir critérios para participação no fundo, como
taxa de juros e limite de crédito.
“Esse fundo, na realidade, é fruto do
compromisso que fizemos com os produtores. Encaminhamos a lei à Assembleia
Legislativa no ano passado. Os deputados aprovaram a lei neste ano e agora foi
regulamentada. No próximo ano, o orçamento já prevê R$ 40 milhões. Serão mais
R$ 60 milhões no outro ano, totalizando R$ 100 milhões no meu governo, exatamente
para projetos especiais de produtividade e garantia”, afirmou o governador de
Minas.
Presente ao evento, o presidente da
Cooparaiso, deputado Carlos Melles, destacou o caráter inovador e o impacto que
o Fecafé significa para a cafeicultura mineira, e também brasileira. “O governo
de Minas cumpre o compromisso assumido com os produtores. O Fecafé já é
importante agora, mas será ainda mais valorizado com o tempo, quando o produtor
sentir seus efeitos positivos. Outro ponto é que o governo mineiro mostra eficiência,
sinalizando ao país a necessidade de políticas efetivas de apoio ao produtor,
algo que não vemos de forma concreta na governo federal, responsável direto por
estas ações”, pontuou Carlos Melles.
O Fecafé, que será administrado pela Secretaria de Estado
de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e
pelo Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), contará com recursos
reembolsáveis, para projetos individuais, e não reembolsáveis, para projetos de
interesse coletivo – como, por exemplo, o financiamento de ações de marketing
para divulgação do produto mineiro no mercado interno e no exterior. Além dos
recursos do Governo de Minas, o fundo contará ainda com parcela dos recursos do
Crédito Presumido do Café (ICMS presumido).
Foto: Omar Freire
Concurso
estadual estimula
qualidade
dos café em Minas
Encerramento e premiação
aconteceu na terça-feira (11) em Belo Horizonte
Na terça-feira (11) o governador Antonio
Anastasia fez a entrega de troféu, certificado e medalha aos vencedores do 9º
Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. A competição é uma
das ações do Governo de Minas que contribuem para consolidar a cafeicultura
familiar, dar visibilidade aos cafés de qualidade do Estado, capacitar
provadores e fortalecer a assistência técnica aos produtores.
Minas Gerais é o maior produtor de café do
Brasil. O Estado responde por 52% da safra nacional. A produção mineira neste
ano deve alcançar 26 milhões de sacas, espalhada por 604 municípios, segundo
dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A Cooparaiso participou do evento, com a
presença do presidente Carlos Melles, do diretor executivo Rogério Couto Rosa
Araújo, e di superintendente Paulo Sérgio Elias.
Agregar valor
Para o governador de Minas, o concurso é
mais um instrumento para agregar valor ao café e contribuir para o
desenvolvimento da produção, com qualidade.
“Minas Gerais produz mais de um quinto de
todo o café feito no mundo e um café cada vez melhor. E esse é um concurso que
estimula a qualidade. Nós observamos sacas de café que aqui são premiadas, que
alcançam valores muito altos no mercado, no chamado café gourmet. É claro que
isso significa agregar valor ao nosso produto, significa uma riqueza maior e,
fundamentalmente, desenvolvimento. Então, meus parabéns e de todos os mineiros
a esses produtores corajosos, que estão tendo este estímulo com o apoio
da Emater e das universidades para fazer
um café de padrão internacional”, afirmou Anastasia.
Neste ano, foram inscritas 1.428 amostras
das quatro regiões cafeeiras do Estado: Cerrado, Chapadas de Minas, Matas de
Minas e Sul. A seleção é feita em duas categorias: “café natural” e “café
cereja descascado ou desmucilado”.Ao todo, 100 amostras foram classificadas
para a final do concurso. Desse total, foram escolhidos os três melhores cafés
de cada categoria e em cada região. Todos os finalistas receberam certificados
e prêmios.
Leilão
Antes da solenidade de encerramento do
concurso, foi realizado um leilão dos melhores cafés – produtores que receberam
nota acima de 84 pontos, de acordo com a tabela de classificação da Associação
Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Neste ano, a saca de 60 kg de um dos
cafés vencedores atingiu o preço de R$ 2,5 mil, durante o leilão, enquanto o
preço de mercado está em torno de R$ 350.
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