Agência
AMP: O evangelho deste 4º domingo do advento é chamado de domingo da
alegria. A razão dessa alegria é a irrupção de Deus na história. Para preparar
bem a chegada do Senhor é necessário a conversão, e ser “batizado no Espírito
Santo”, ou seja, ser purificado para experimentar a verdadeira alegria que vem
de Deus. João Batista nos apresenta o caminho para se preparar bem para acolher
o Messias (o ungido). Diante da proposta apresentada os que rodeiam João
perguntam: “O que devemos fazer?”.
Três atitudes são fundamentais. Para a multidão a proposta é PARTILHAR. “Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não
tem; e quem tiver comida faça o mesmo”. O que dizer diante das
desigualdades chocantes, da indiferença que nos leva a fechar o coração aos
gritos de quem vive abaixo do limiar da dignidade humana, do egoísmo que nos
impede de partilhar com quem nada tem? Esses são obstáculos intransponíveis que
impedem o Senhor de nascer no meio de nós. Aos publicanos, homens corruptos que
lesavam a nação a proposta aplicar a JUSTIÇA que vem de Deus. “Não cobreis mais do que foi estabelecido”.
É ser honesto, é não se deixar corromper por esquemas de enriquecimento
ilícito. Que dizer dos modernos esquemas imorais (às vezes lícitos, mas
imorais) de enriquecimento rápido? Que dizer da corrupção, endêmica que atinge
nossas instituições: tais como lavagem de dinheiro sujo, da fuga aos impostos,
das taxas exageradas cobradas por certos serviços, das falcatruas? Aos
soldados, a proposta é RESPEITAR A VIDA E A DIGNIDADES DAS PESSOAS. “Não tomeis a força dinheiro de ninguém nem
façais falsas acusações”. O que dizer diante de atos bárbaros de violência,
que atingem inocentes, provoca sofrimento, injustiça e morte tantos inocentes?
O terrorismo mascarados de luta pela libertação? E a exploração de quem
trabalha, perante a recusa de um salário justo? A conversão para eles é o
abandono de qualquer forma de violência, e que não abusem do seu poder contra
fracos e indefesos. Deus não pede que essas pessoas deixem o que estão fazendo,
isto é sua profissão. A proposta é fazer o trabalho de outra forma, não mais de
acordo com os seus interesses egoístas, mas de acordo com o evangelho. Para
viver de acordo com a Palavra de Deus, é necessário ser batizado no fogo do
Espírito Santo. João batizava com água, o Messias batizará com fogo. Ele
purificará os corações, os limpará de toda injustiça, corrupção e maldade. Para
João Batista o reinado de Deus na vida daqueles que querem abraçar um novo
estilo de vida, só poderá ser assumida, vivida na força e no poder do Espírito
Santo. Ser batizado com o “Espírito Santo
e com o fogo”. È estar apto para realizar o projeto do Reino, isto é, amar
como Jesus amou, viver na pertença e presença de Pai como ele viveu. O batismo
no fogo do Espírito Santo é a vida de Deus atuando no coração dos homens e
transformando-os em novas criaturas. Ser cristão é ser portador de uma vida
nova e testemunha de Jesus e sua proposta. Se a vida de Cristo estiver em nós
ela será sempre mais forte do que a força do pecado. Sejamos humildes como João
Batista para reconhecer a grandeza de Jesus Cristo e a força de seu amor. João
afirmou com humildade reconhecendo seu lugar: “Ele é mais forte que eu”. Portanto, o que Deus pede a nós nestes
tempos difíceis, de corrupção, mortes e violências? O que devemos fazer?
Converter-se radicalmente a Jesus Cristo, abrindo-se a proposta do Evangelho.
Só assim poderemos celebrar realmente o verdadeiro natal, que é encontro
pessoal com Jesus Cristo.
Por: Pe. Reginaldo da Silva /
Diocese de Guaxupé
Nenhum comentário:
Postar um comentário