Novo Portal de Notícias da AMP/press

A

A

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União
Jornal mensal com 1.200 exemplares impressos P&B e 3.000 entregas digitais Color


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Perdas em NOVA YORK:

 CAFÉ: FUNDAMENTOS ALTISTAS DEVEM LIMITAR PERDAS EM NOVA YORK

 São Paulo, 20/08/2021 - O mercado futuro de café arábica encerra semana na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), pressionado por fatores macroeconômicos. Os fundamentos altistas, como a perspectiva de restrita oferta brasileira, limitam a queda das cotações.

 O corretor Thiago Marques Cazarini informa em relatório que, nesta semana, "a construção de níveis mais elevados para os preços do café foi destruída pelo cenário macroeconômico pesado, aumento de estoques nos Estados Unidos e rumores de chuvas no fim do mês (no entanto, não há detalhes sobre onde, quanto tempo e qual volume - três questões importantes quando se trata de clima)".

 Na sessão de ontem, conforme Cazarini, a indústria torrefadora parece ter sustentado o mercado (com compras em escala de baixa). "Um suporte sólido, no entanto, ainda precisa ser comprovado e a leitura do CFTC (posicionamento dos traders) hoje dará uma perspectiva melhor", comenta.

 A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) divulgará hoje à tarde, depois do fechamento do mercado, o posicionamento de traders no mercado de café de Nova York na semana encerrada na terça-feira (17). No levantamento anterior, até o dia 10, os fundos de investimento diminuíram o saldo líquido comprado para 28.952 lotes ante de 33.814 lotes, no dia 3, considerando futuros e opções.

 No ambiente externo de aversão ao risco, o dólar à vista avançou ontem 0,89%, a R$ 5,4228. Com isso, a moeda norte-americana, considerada ativo seguro, sobe 3,29% na semana e acumula valorização de 4,09% em agosto. Segundo corretores, temores de desaceleração mais forte da economia chinesa, em meio ao avanço da variante Delta, e a expectativa de retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos, após a divulgação da ata do Federal Reserve, na quarta-feira, provocaram uma onda global de corrida à moeda norte-americana e forte recuo dos preços das commodities.

 Pelos gráficos, no entanto, os futuros de arábica com vencimento em dezembro/21, o mais líquido, ainda mostram sinais positivos e devem ter recuperação. As resistências estão em 186,30 centavos de dólar por libra-peso e 190,50 cents. Os suportes estão em 178,25 cents e 170 cents.

 A Somar Meteorologia informa que o tempo vai continuar seco e quente na região Sudeste no fim de semana. A passagem de uma frente fria em alto mar aumenta a quantidade de nuvens no litoral paulista, mas não chove. As temperaturas se mantêm elevadas e os níveis de umidade relativa do ar ficam baixos no período da tarde. "Não há previsão de chuva nos quatro Estados, somente variação de nuvens no litoral paulista", estima a Somar.

 O tempo seco favorece a colheita de café. A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no sul de Minas, informou ontem que os trabalhos dos cooperados atingiam 79,33% em sua área de atuação, até a última sexta-feira (13). Na sexta anterior (6), os trabalhos estavam 70,96%

concluídos. O desempenho até 13 de agosto supera apenas o ano de 2018, quando 77,84% da produção estava colhida, conforme série histórica informada pela cooperativa.

 Os futuros de arábica em Nova York trabalharam em baixa ao longo de todo o pregão de ontem. O vencimento dezembro/21 acabou fechando com desvalorização de 0,85% (155 pontos), a 181,30 cents. O mercado registrou máxima de 182,35 cents (50 pontos abaixo do fechamento anterior) e mínima de 178,25 cents (menos 460 pontos).

 O preço do café ao consumidor final deve registrar aumento de 35% a 40% até fim de setembro. A avaliação é da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que cita, entre outros fatores de alta, a seca e as recentes geadas que provocaram uma quebra na safra brasileira, o câmbio desfavorável, a elevação dos custos de produção e a exportação do produto.

 A Abic destacou em comunicado um estudo, o qual mostra que o valor pago pelas torrefadoras pela matéria-prima subiu, em média, 82%, no período de dezembro/2020 até julho/2021. Já o reajuste de preço do café atingiu a média de 15,9% na prateleira dos supermercados, no mesmo período, porcentual muito abaixo dos 57% de aumento na média dos produtos considerados básicos, como leite, arroz, óleo de soja e feijão.

 Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informamem boletim diário que as cotações do café robusta (conilon) tiveram alta ontem no mercado físico. Segundo os pesquisadores, as cotações do robusta foram impulsionadas pela valorização do dólar ante o real. O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 649,35 a saca, e o tipo 7/8, a R$ 638,40 a saca, ambos com aumento de 0,4% em relação ao dia anterior - à vista e a retirar no Espírito Santo. "Apesar do avanço, poucos negócios foram fechados no spot nacional, por causa da retração de vendedores", explicam os pesquisadores. Quanto ao arábica, os valores nacionais foram pressionados pelo recuo dos futuros no mercado internacional. O Indicador Cepea/Esalq do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.038,72 a saca, queda de 0,5% em relação ao dia anterior.

 Fonte : Broadcast Agro

Por: DJ Joãozinho Grafista

Nenhum comentário:

Postar um comentário