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quinta-feira, 11 de julho de 2013

TORNAR-SE PRÓXIMO DO IRMÃO NECESSITADO ( Lc 10, 25-37) - Direto da Diocese de Guaxupé:

Agência AMP: No evangelho deste domingo um especialista em religião, mestre da lei, aproxima-se de Jesus para perguntar-lhe o que ele deveria fazer para receber em herança a vida eterna. Jesus recorda-lhe o caminho, que aquele homem conhece muito bem, pois ele é um doutor da Lei, um conhecedor e, seguramente, um fiel observante da Lei. Jesus questiona-o dizendo: “o que está escrito na Lei? Como lês?”. O mestre da lei responde que os mandamentos se resumem em amar a Deus acima de tudo como, o absoluto, e o próximo como a si mesmo. A dúvida do mestre da Lei vai, no entanto, mais fundo: “e quem é o meu próximo?” Jesus ao invés de argumentar, conta uma história, o bom samaritano. Na época de Jesus, os mestres de Israel discutiam, precisamente, quem era o “próximo”. Naturalmente, havia opiniões mais abrangentes e opiniões mais particularistas e exclusivistas, mas havia consenso entre todos no sentido de excluir da categoria “próximo” os inimigos. De acordo com a Lei, o “próximo” era apenas o membro do Povo de Deus, da mesma raça, da mesma fé. Jesus tem uma perspectiva diferente a respeito do conceito próximo. É precisamente para explicar a sua perspectiva que Jesus conta a “parábola do bom samaritano”. Um homem não identificado, não se diz quem é, sua raça, qual a sua religião, mas apenas que é “um homem”, com toda certeza é um judeu,  foi assaltado pelos bandidos e deixado caído na beira da estrada, quase morto. Trata-se, portanto, de um homem ferido, abandonado, necessitado de ajuda. Por ali passa um sacerdote, e um levita. Ambos passaram adiante, talvez até por atitudes justificáveis tais como: o medo de enfrentar a mesma sorte, ou as preocupações com a pureza legal (que impedia contactar com um cadáver), ou a pressa, ou a indiferença diante do sofrimento alheio, tudo impede-os de parar, prestar socorro. Apesar dos seus conhecimentos religiosos, não têm qualquer sentimento de misericórdia por aquele homem. Eles sabem tudo sobre Deus, lidam diariamente com Deus, mas, afinal, não sabem nada de Deus, pois não sabem nada de amor. A sua religião é uma religião oca, de ritos estéreis, de gestos vazios e sem sentido, de cerimônias faustosas e solenes, mas não tem nada a ver com o amor, com o coração. Por fim passa por aquela estrada um samaritano, que é inimigo dos judeus. Trata-se de um desses que a religião tradicional de Israel considerava um inimigo, um infiel, longe da salvação e do amor de Deus. No entanto, foi ele que parou, sem medo de correr riscos ou de adiar os seus esquemas e interesses pessoais, que cuidou do ferido e que o salvou. Apesar de ser um herege, um excomungado, mostra ser alguém atento ao irmão necessitado, com o coração cheio de amor e, portanto, cheio de Deus. Este sem se importar, com as origens, cor, raça, sexo, religião, condição social, desce do seu cavalo, e movido pela compaixão presta-lhe o socorro necessário. Não pergunta quem ele é primeiro trata de ajudá-lo. A vida daquele que estava caído é maior que todas as diferenças ideológicas, que possa existir. Ele se faz próximo daquele que estava caído no caminho, é solidário com ele, se torna próximo dele. “Ao terminar a história Jesus pergunta: “qual dos três foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos assaltantes?”Aquele que usou de misericórdia para com o que estava caído, responde o mestre da lei. Jesus lhe diz: “vai e faze a mesma coisa”. Portanto, para alcançar a vida eterna é preciso amar a Deus e amar o próximo. O “próximo” é qualquer um que necessita de nós, seja amigo ou inimigo, conhecido ou desconhecido, da mesma raça ou doutra raça qualquer; o “próximo” é qualquer irmão caído nos caminhos da vida que necessita, para se levantar, da nossa ajuda e do nosso amor. Neste gesto do samaritano, a Igreja de todos os tempos, a comunidade dos que caminham ao encontro da vida plena, da salvação, reconhece um aspecto fundamental da sua missão: a de levantar todos os homens e mulheres caídos nos caminhos da vida. Não podemos escolher os nossos próximos, ou seja, escolher a quem ajuda. Devemos ser próximos de quem encontramos. Deus nos colocou perto destas pessoas para os tratarmos com o mesmo amor gratuito que ele nos dedica. Deus se torna próximo de nós, no irmão necessitado que de nós se aproxima. Estejamos atentos para não negar-lhe nosso amor com nossas atitudes, e depois com a boca dizer que o amamos. Amemos a Deus com um amor único e absoluto, manifestemos nosso amor a ele servindo quem de nós precisar.

Por: Pe. Reginaldo da Silva / Direto da Diocese de Guaxupé

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