Agência AMP: A Igreja celebra neste domingo a Festa
da Ascensão do Senhor. Os últimos momentos de Jesus junto aos apóstolos e a
volta de Cristo ao Pai. É a sua entrada
oficial na glória que lhe correspondia como ressuscitado, depois das
humilhações do Calvário, Jesus volta ao Pai, cumprindo assim o que ele havia
dito aos seus apóstolos. A Ascensão do Senhor ao céu transmite-nos a bela
mensagem, a boa notícia para o ser humano em todos os tempos e situações: A vida de Jesus na terra não termina com a
sua morte na Cruz, mas com a Ascensão aos céus. É o último mistério da vida do
Senhor aqui na terra. É um mistério redentor, que constitui, com a Paixão, a
Morte e a Ressurreição, o mistério pascal. Portanto, a vida humana não está
fadada ao fracasso de uma existência niilista (ao nada), a uma vida sem
esperança como se a morte física colocasse ponto final no existir humano. A
Ascensão de Jesus traz a mais viva esperança, certeza de vida. Convicção de que
a nossa humanidade em Cristo se encontra em Deus, restaurada pela Paixão,
morte, Ressurreição e Ascensão do Senhor ao céu. O papa são Leão Magno (séc. V) nos ensina que
na Ascensão de Jesus “não só fomos constituídos possuidores do paraíso, mas com
Cristo ascendemos, mística mais realmente, ao mais alto dos céus, e conseguimos
por Cristo uma graça mais inefável que a que havíamos perdido.” O grande Santo
Agostinho nos diz: “Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu, suba também
com ele nosso coração”. Subiu não para se afastar de nós, mas para levar-nos
com ele para as alturas de onde fomos retirados pelo pecado. Com Cristo
voltamos de novo para casa, para Deus. Toda a humanidade que fora ferida pelo
pecado, nele se encontra redimida, exaltada na glória dos céus. Cristo está no
céu, mas também está conosco, e nós permanecendo na terra, estamos também com
ele. Por sua divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco. A
Ascensão fortalece e estimula a nossa esperança de alcançarmos o Céu e incita-nos
constantemente a levantar o coração a fim de procurarmos as coisas que são do
alto. Agora a nossa esperança é muito grande, pois o próprio Cristo foi
preparar-nos uma morada. Com a Ascensão
termina a missão terrena de Cristo e começa a dos seus discípulos, a nossa:
“Vós sereis testemunhas de tudo isso”, diz Jesus. Ao subir para a sua glória,
Ele nos envia pelo mundo inteiro como suas testemunhas. Grande é a nossa
responsabilidade, porque ser
testemunhas de Cristo implica, antes de mais nada, procurar comportar-se
segundo a sua doutrina, lutar para que a nossa conduta recorde a de Jesus e
evoque a sua figura amabilíssima. Jesus parte, mas permanece muito perto de
cada um. Nós o encontramos na Eucaristia, no Sacrário de nossas Igrejas. Também
o encontramos sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos
como seus membros: “Eu estava com fome e me destes de comer” (Mt 25, 35). Jesus
subiu ao céu, mas continua presente em nós e entre nós. Ele nos envia,
abençoou-nos para que enquanto Igreja que somos, o levemos a todos os cantos da
Terra apoiados e fortalecidos pela força do seu Espírito Santo. Jesus
continuará sempre conosco por meio dos sinais da Igreja (sacramentos) por meio
dos pobres. Ele caminha conosco e nos dá uma ordem para permanecermos unidos
para termos forças para anunciá-lo. Cristo
nos envia. Cristo espera-nos. Vivamos já como cidadãos do Céu (Fl 3,20), sendo
plenamente cidadãos da terra, no meio das dificuldades, das injustiças, das
incompreensões, mas também no meio da alegria e da serenidade que nos dá
sabermo-nos filhos amados de Deus. Ele desceu do céu por misericórdia, para que
nele pela graça todos nós subíssemos ao céu.
Por: Pe. Reginaldo da Silva / Direto da Diocese de Guaxupé
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