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Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

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quarta-feira, 3 de junho de 2015

A VISÃO DE CADA UM:

Lincoln Vieira Tavares
         Tomemos o Evangelho de Jesus,  o  Novo Testamento,  como exemplo e poderemos verificar a visão dos evangelistas a respeito do Divino Mestre.
         Mateus via Jesus como o legítimo Messias, herdeiro do trono de Israel, aquele prometido por Yaveh, e assim natural que fizesse inúmeros milagres, por ser detentor de todo o poder divino.
         Marcos o considerava como um super homem de ação, que sofreu pela humanidade, cumprindo uma grande missão divina, e como não o conheceu pessoalmente, baseou-se em informações obtidas.
         Lucas, sendo médico, e também não tendo conhecido Jesus, percebeu no Mestre um grande médico, assim relata em seu evangelho, as inúmeras curas por ele realizadas.
         Os evangelhos escritos pelos evangelistas citados acima têm o nome de sinópticos, que significa  semelhantes, por conterem passagens que podem ser comparadas.
         Mesmo assim,  a visão a respeito da missão de Jesus é completamente diferente.
         Já o evangelista João, que conviveu com Jesus, em visão completamente distinta, tomou do Divino Mestre a essência maior da grande filosofia da doutrina do amor  e do  perdão, e da profundidade de seus ensinamentos.
         Assim somos todos nós.
         Cada criatura tem uma visão diferente a respeito de uma mesma pessoa, situação, ou acontecimento com que possa conviver ou participar.
         Participantes hoje  da Doutrina Espírita, devemos entender da diversidade de entendimentos, não somente por parte dos companheiros espíritas, mas também  daqueles que chegam ao movimento, e hoje em dia em grande número, principalmente em reuniões chamadas de atendimento fraterno nos Centros Espíritas.
         Grande responsabilidade caberá aos expositores espíritas no sentido de bem dosarem as palestras, entendendo que cada um dos presentes já carrega um determinado entendimento, possuindo  uma visão diferente a respeito da finalidade da vida humana, muitas vezes já tendo percorrido outras escolas religiosas ou filosóficas.
         Assim, importante o esclarecimento sempre com base nos evangelhos e na codificação espírita, de modo claro, não muito longo, com exposição onde se busque exemplos práticos, com base em nossa vida diária, evitando-se críticas a quaisquer denominações religiosas ou filosóficas existentes, ou personalidades outras.
         Também o cuidado necessário para não se colocar como sendo a Doutrina Espírita a única solução possível para a humanidade, espécie de salvação, o que contraria os postulados de Allan Kardec, conforme temos estudado, mas sim como  um dos roteiros seguros para nortear nossas vidas, sendo necessário vigiar e orar, buscando a reforma interior de cada um de nós.
         Como a visão de cada um é diferente, em diversos aspectos, a tarefa doutrinária expositiva espírita não poderá se revestir de uma espécie de receita pronta, mas  ser adaptável a cada ambiente, de acordo com a sensibilidade de quem for incumbido do trabalho.
         Peçamos sempre o auxílio do mais alto, a fim de  que a espiritualidade superior possa nos inspirar, sob a égide de Jesus e as bênçãos de Deus, nesse sentido.

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