Agência AMP: Na liturgia deste
domingo traz como tema a conclusão e a
meta da história, que se realizará a segunda vinda de Cristo a (Parusia). O
discurso de Jesus traz um ensinamento amplo, de linguagem profético-apocalíptica,
descrevendo a missão da comunidade cristã no
período que vai desde a morte de Jesus até ao final da história humana. É um
texto difícil, que emprega imagens e linguagens marcadas pelas alusões
enigmáticas, bem ao jeito do gênero literário “apocalipse”. O objetivo do
ensinamento de Jesus seria dar aos discípulos indicações acerca da atitude a
tomar frente às vicissitudes que marcarão a caminhada histórica da comunidade,
até ao momento em que Jesus vier para instaurar, em definitivo, o novo céu e a
nova terra. As imagens utilizadas são retiradas do Antigo Testamento, onde
alguns profetas diante tempos dificíeis, de perseguições anunciavam ao povo um
tempo novo que estava por vir. Deus interveria na história para castigar os
opressores e para salvar os seus eleitos. O evangelista vai fazer uso desta
linguagem apocalíptica para descrever a falência dos impérios que lutam contra
Deus e contra os seus santos. Trata-se de uma linguagem tradicional que, no
entanto, é perfeitamente perceptível e compreensível aos cristãos da época. No
mundo grego, por exemplo, o sol e a lua (“Élios”, e “Selénê”) eram adorados
como deuses; e, no mundo romano, o imperador identificava-se como “o sol”. Ao
fazer referência ao sol, estrelas que irão ser abalados, o evangelho quer
revelar, que os poderes humanos, os impérios opressores, que as forças
contrárias a Deus serão abaladas, para dar lugar ao Reinado de Cristo. A
mensagem é evidente: está para acontecer uma virada decisiva na história; a
velha ordem religiosa e política, os poderes que se opõem a Deus e que
perseguem os santos, irão ser derrubados, a fim de darem lugar a um mundo novo,
construído de acordo com os critérios e os valores de Deus. O evangelho não se
refere, aqui, àquilo que nós costumamos chamar “o fim do mundo”; mas refere-se,
genericamente, à vitória de Deus sobre o mal que oprime e escraviza aqueles que
optaram por Deus e pelas suas propostas. A queda desse mundo velho aparece
associada à vinda do Filho do Homem. A mensagem do evangelho não é de medo, mas
é de ESPERANÇA. Jesus virá com a sua autoridade soberana, o mundo velho do
egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o dia novo da salvação/libertação sem
fim. Os discípulos de Jesus são convidados a esperar, com confiança, a chegada
do mundo novo. Deverão estar atentos aos sinais que o anunciam, preparando-se a
cada instante coração para acolher a chegada de Jesus em sua vida “ele estas às portas”. Enquanto vive
numa atitude de espera, luta-se com todas as forças para permanecer fiel,
aceitando os desafios que a vida lhe traz. De uma coisa, no entanto, os
cristãos podem estar certos: as palavras de Jesus não são uma bela teoria, mas
são a garantia de que esse mundo novo, de vida plena e de felicidade sem fim,
irá surgir “o céu e a terra passarão, mas
as minhas palavras não passarão”. Vive-se hoje um momento muito delicado na
história humana, de muita tecnologia, aparatos
e descobertas cientificas, porém com toda técnica a serviço do homem,
poderá também levá-lo a destruição. Fala-se em “fim do mundo”, muitos vivem com
medo, tensos. Os telejornais, os noticiários trazem todos os dias uma experiência
que nos deprime. Os dramas dessa aldeia global entram em nossa casa, sentam-se
à nossa mesa, apossam-se da nossa existência, perturbam a nossa tranquilidade,
escurecem o nosso coração. A Palavra de
Deus quer nos alertar a vigilância, e a ESPERANÇA. Deus não abandona a
humanidade, deseja transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo
novo de vida e de felicidade para todos os seus filhos (as). Os cristãos, convictos de que Deus tem um
projeto de vida para o mundo, têm de ser testemunhas da esperança. Para o cristão, não faz qualquer sentido
deixar-se dominar pelo medo, pelo pessimismo, pelo desespero, por discursos
negativos, por angústias a propósito do fim do mundo. Os nossos contemporâneos têm de ver em nós,
não gente deprimida e assustada, mas gente a quem a fé dá uma visão otimista da
vida e da história e que caminha, alegre e confiante, ao encontro desse mundo
novo que Deus nos prometeu.É Deus, o Senhor da história, que irá fazer nascer
um mundo novo; contudo, Ele conta com a nossa colaboração na concretização
desse projeto. Por esta razão pedimos: VEM SENHOR JESUS!
Por: Pe. Reginaldo da Silva /
Diocese de Guaxupé
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