Lincoln Vieira Tavares
Tema muito difundido entre nós
espíritas, em palestras evangélicas, e que contém diversas interpretações,
dentre elas algumas considerações importantes de se recordar.
A passagem está no Evangelho de Lucas capítulo
10, versículos 25 a 37, que sugerimos aos nossos leitores um estudo completo.
Apenas alguns “respingos”
interessantes:
A recomendação de amar a Deus e ao
próximo já existia nos livros antigos, na Torá, que se refere aos primeiros
cinco livros do Velho Testamento, antes da vinda de Jesus.
Porém,
entendiam os judeus que o amor ao próximo deveria ser considerado unicamente em favor daqueles de sua raça.
Existia,
ao tempo, apenas um grupo liderado pelo grande sábio e doutor da lei, Helil ou Hilel, que entendia ser o próximo
qualquer criatura, independentemente de ser Judeu. A maioria acreditava que
somente os judeus é que deveriam ser vistos como o próximo, pois eram considerados
como o Povo de Deus.
Razão
talvez da pergunta do doutor da lei a Jesus, sobre quem seria o seu próximo, ou
para testá-lo, ou mesmo para ver de que lado estava.
Outra questão interessante é que o
sacerdote que passava e ignorou o homem caído, possivelmente tenha ficado
indeciso, pois se ele estivesse morto e fosse tocado pelo religioso, e depois
fosse necessária alguma cerimônia fúnebre, pela lei judaica, ele não poderia
dirigi-la, e também estaria impedido de socorrê-lo caso não fosse judeu.
Por último, é voz corrente que o samaritano, que socorreu o caído, teria
feito essa obra de caridade, sem que fosse um homem de fé, pois que era
considerado um homem descrente, na visão judaica. Diante dessa
interpretação, muitos imaginam até hoje que
para se praticar o bem seria desnecessária a presença da fé, o que não é
verdade, segundo aprendemos na Doutrina Espírita, por exemplo no entendimento
do espírito Emmanuel, pois que a fé se constitui em alicerce, base da prática do amor e da caridade.
Para nosso estudo, observemos as
anotações que constam da Carta de Thiago, no capítulo 2, versículo 18: “Mas
alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras, mostra-me essa tua fé sem as obras,
que eu com as obras te mostrarei a minha
fé”.
O samaritano, demonstrou sua fé,
através de suas obras.
Muito mais poderíamos dizer sobre essa
maravilhosa parábola, mas fiquemos aqui, por hoje, convidando aos leitores e a
todos nós, para um estudo mais aprofundado sobre esse tema tão importante.
Que Jesus e os espíritos superiores nos
inspirem e abençoem.
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