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Jornal O EXPRESSO...: Nova Resende / Jacuí / Juruaia / Bom Jesus da Penha / São Pedro da União

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domingo, 7 de outubro de 2012

Direto da Diosese - NINGUÉM É DONO DE DEUS, DEUS É PARA TODOS (Mc 9, 38-48):

NINGUÉM É DONO DE DEUS! DEUS É PARA TODOS (Mc 9, 38-48)
Agência AMP: No evangelho deste domingo Jesus desafia a comunidade cristã a não monopolizá-lo, a não enquadrá-lo, como sendo propriedade exclusiva de uma Igreja ou grupo.  O apóstolo João, o porta-voz do grupo, queixa-se pelo fato de terem encontrado alguém a “expulsar demônios” em nome de Jesus, sem pertencer  ao grupo dos discípulos. Os discípulos o proíbem. Jesus exorta-os “não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. quem não é contra nós esta a nosso favor”. Ele  adverte os discípulos a terem cuidado, para não buscarem ser “donos de Deus” ou querer controlar a ação de Deus. Ninguém é dono de Jesus, ele não é monopólio de nenhuma pessoa ou comunidade. O Espírito Santo sopra onde quer, quando quiser (Jo 3, 8). A atitude dos discípulos mostra  arrogância, intransigência, intolerância, ciúmes, mesquinhez, pretensão de monopolizar Jesus e a sua proposta, presunção de serem os donos exclusivos do bem e da verdade. Jesus aponta o caminho aos seus seguidores, sua Igreja deve ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus os gestos libertadores que acontecem no mundo. Jesus procura levar os discípulos a ultrapassar esta visão intolerante e egoísta da missão. Na perspectiva de Jesus, quem luta pela justiça e faz obras em favor do homem, está do seu lado e vive na dinâmica do Reino, mesmo que não esteja formalmente dentro da estrutura eclesial. A comunidade de Jesus não pode ser uma comunidade fechada, exclusivista, monopolizadora, que sente ciúmes quando alguém de fora faz o bem, nem pode sentir-se atingida nos seus privilégios e direitos pelo fato de o Espírito de Deus atuar fora das fronteiras da Igreja.  A comunidade de Jesus deve ser uma comunidade que põe, acima dos seus interesses, o bem comum, necessita ser uma comunidade que sabe acolher, apoiar e estimular todos aqueles que atuam em favor da libertação dos irmãos. Depois de instruí-los o Mestre aponta o que deve ser a preocupação dos discípulos: não provocar escândalos, cuidar dos pequeninos e cortar da comunidade as atitudes que a destroem. “Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho”. Escandalizar na nossa cultura é dar um mau exemplo, um contra testemunho levando as pessoas a revolta e ao afastamento de Deus da comunidade. Os “pequeninos” do evangelho são os membros da comunidade que estão numa situação de dependência, de debilidade, de necessidade. Tais como os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita.  Fazer algo que afaste uma dessas pessoas de Cristo e da comunidade é algo verdadeiramente inadmissível e impensável.  Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. Quando Jesus fala em cortar a mão (ação) ou de cortar o pé (caminhos errados) ou de arrancar o olho (cobiça) que é ocasião de pecado, está a sublinhar, com toda a veemência, a necessidade de atuar, lá onde as ações más do homem têm origem e eliminar na fonte as raízes do mal. O seguidor de Jesus não pode estar compactuado com o pecado. O pecado não pode fazer parte da vida do cristão. A pessoa de bem que se preze luta contra o pecado e o mal. Estando em jogo o destino último do homem, não se pode protelar ou adiar “cortes” importantes nas atitudes de egoísmo e de autossuficiência que afastam os homens de Deus e da vida plena. Para falar de uma vida perdida, frustrada, destruída, maldita, sem sentido. Quem não for capaz de cortar com o egoísmo, o orgulho, a injustiça, é como se, em lugar de viver num lugar livre e feliz, estivesse condenado a viver na “Geena” (vale situado a sudoeste de Jerusalém, onde era queimado o lixo produzido pelos habitantes da cidade). Jesus coloca-nos diante da nossa liberdade.  Se escolhermos o Reino, devemos aceitar as suas exigências, que se resumem numa única palavra AMAR. Somos convidados a amar com todo nosso ser: com nossas  mãos para partilhar, com os nossos pés para reencontrar, com os nossos olhos para olhar. Cabe a cada um de nós fazer com que todo o nosso ser responda aos apelos de Deus.

Por: Pe. Reginaldo da Silva

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