PROTAGONISTA OU ESPECTADOR:

Lincoln Vieira Tavares

         Segundo nossos dicionários, protagonista é todo aquele que realiza algo, assumindo   um determinado papel, responsável por uma ação, enquanto que espectador refere-se a alguém que apenas assiste a um determinado ato, sem participar, e sem se responsabilizar pelo acontecimento. Mero observador.

         No campo da espiritualidade também assim acontece. Por exemplo, encontramos no Evangelho de Jesus quando menciona as inúmeras curas efetuadas pelo Divino Mestre, quando somente ele foi o protagonista e as demais pessoas próximas,  espectadoras.

         Ocorre até que muitos espectadores criticam negativamente ou até mesmo tentam impedir a realização de um ato de suma importância. Lembramo-nos da passagem em que Jesus chama crianças para serem abençoadas e os discípulos tentam impedir, que está em Mateus 19:13 a 15.

         Ou mesmo quando ele chama a Zaqueu, o cobrador de impostos, que busca se redimir,  que acaba por convidar  Jesus para sua casa, e nos  diz a passagem que muitos murmuraram, dizendo que ele se hospedara com homem pecador, conforme Lucas 19: 1 a 10.

         Diversas são as mensagens evangélicas em que podemos entender que Jesus sempre fora o protagonista divino e o restante espectadores, inclusive em sua maioria,  críticos mordazes.

         Essas lições que chegam até nós são importantes, porque nos dias de hoje isso também ocorre, inclusive nos meios espíritas.

         Quantos trabalhadores da última hora se esforçam para realização de tarefas espirituais importantes, e somente um ou um pequeno grupo são  protagonistas, não faltando os espectadores que nunca cooperarão com a obra, pelo contrário, passam a criticar  negativamente, não oferecendo melhores subsídios para o trabalho.

         Isso pode acontecer inclusive em nossos lares, em locais de trabalho e na sociedade onde todos convivemos.

         Importante, diante disso, que nos façamos sempre protagonistas de tarefas necessárias ao progresso espiritual de todos, a começar de nós próprios, e não espectadores que fogem do trabalho, acomodados, como se a obra não lhes fosse importante.

         Vamos pensar sobre isso?