O PONTO DE EQUILIBRIO:

Lincoln Vieira Tavares

Uma vez um amigo me disse que um cachorro que vivia na propriedade dele não conseguia atravessar um pequena ponte estreita, a que damos o nome de “pinguela” , pelo fato de ter parte de sua cauda cortada, como às vezes acontece. Disse mais, que alguém falou com ele que a cauda do animal, desde que completa, seria o ponto de equilíbrio, para a travessia.

Nunca pesquisei sobre o assunto, mas podemos fazer algumas comparações, com base no Evangelho e na Doutrina Espírita a respeito.

Cada um de nós possui um ponto de equilíbrio, ou seja, algo, alguma coisa que nos permite atravessar as dificuldades de nossa existência com coragem, mantendo-nos de pé, ante provas e expiações.

Existem aqueles que acreditam em amuletos, colocação de objetos como talismãs, ou até mesmo realizam um ritual, de alguma forma, por acreditarem necessário, a fim de que tenham “sorte”, ou para não serem vítimas de inveja, ou até perturbados por questões que classificam como “sobrenaturais”.

Para eles seria o ponto de equilíbrio, que lhes permite atravessar as diversas “pontes” com que todos nós deparamos, em oportunidades várias.

Hoje temos aprendido com a Doutrina Espírita a respeito da desnecessidade de cultuarmos essas coisas exteriores, sendo o importante o trabalho interior, através do conhecimento de nós mesmos, da fé raciocinada e o trabalho no bem.

O Livro dos Espíritos, nossa obra básica, editada por Allan Kardec no ano de 1.857 coloca que os espíritos influem em nossas vidas, respeitado nosso livre-arbítrio e que inclusive pensamentos ou palavras de pessoas encarnadas podem ter efeito sobre nós, desde que estejamos vivendo dentro da mesma faixa vibratória que eles.

Ensina-nos também que todos contamos com espíritos protetores que velam por nós, principalmente o chamado Anjo da Guarda.

Também a comunhão espiritual constante com o Plano Maior da Vida, através da vigilância e da oração, antídotos contra as influências negativas.

Então podemos concluir que para os cristãos espíritas o ponto de equilíbrio deverá ser sempre através do contato com os bons espíritos, seja na oração, ou mesmo no trabalho diário, voltado ao bem e ao amor ao próximo.

Aprendamos em momentos de atravessar “pontes difíceis” a buscar o equilíbrio dessa forma, relembrando sempre que Jesus é o nosso guia e modelo e que Deus jamais desampara seus filhos, que somos todos nós, desde que façamos a nossa parte.

Por fim, presente a promessa do Divino Mestre Jesus, conforme está em Mateus 11:28: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei!