Lincoln Vieira Tavares
Temos no evangelho exemplos que nos alertam para evitarmos determinados
desvios de conduta.
Quando Paulo pregava os ensinamentos de Jesus, principalmente aos gentios, que queria dizer
não adeptos da Lei Mosaica, apareceu um novo pregador, por nome Apolo.
Apolo, judeu muito inteligente, eloquente em suas
pregações nas sinagogas, falava em nome de Jesus, e levava muitos a aceitação
da nova doutrina.
Porém fixava-se mais
nas pregações de João Batista, precursor de Jesus, para concluir que
Jesus era realmente o Messias esperado.
Surgiram então aqueles que, após ouvirem as pregações
de Apolo e de Paulo, tomavam partido, espalhando ideias de inveja e ciúmes
entre os próprios componentes do colégio apostólico.
Assim, encontramos na Boa Nova a seguinte passagem que
está em Coríntios 3:6: “ Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento
vem de Deus”.
Trazendo para hoje essas considerações, busquemos
pensar que no seio das religiões, das filosofias,
e doutrinas várias, existem ainda os que preferem “Paulo ou Apolo”, no
sentido figurado.
Mesmo em nosso meio espírita, quantos ainda acreditam
existir uma disputa entre médiuns, palestrantes, dirigentes de entidades, dando
preferência a esse ou aquele.
No entanto, a palavra do apóstolo Paulo é bem clara.
Somos todos continuadores uns dos outros. Um planta, outro rega, ou seja, cuida
da planta, mas o crescimento de qualquer
doutrina não é mérito nosso e sim da espiritualidade superior.
Acontece que companheiros que se julgam indispensáveis
ao movimento espírita, frequentemente se melindram, alegando que o trabalho em
determinada casa ou entidade depende exclusivamente de sua colaboração,
esquecendo da presença de muitos outros, que ali trabalham “regando a planta”.
Porém, quem define sobre o progresso de nossa amada
doutrina espírita é Jesus, são os queridos mentores espirituais.
Somos todos meros agricultores, que buscamos jogar a
semente, trabalhar cuidando das tarefas, mas a espiritualidade superior será a
responsável pelo progresso esperado.
Pensemos nisso, a fim de que deixemos de lado todo
tipo de vaidade, inveja ou ciúme, acreditando que como operários do bem, que
pretendemos ser, a humildade deverá ser sempre cultivada, afastando de nós toda
pretensão de sermos o “dono” de qualquer instituição
espírita, oferecendo oportunidade para que outros possam também laborar, não em
concorrência conosco, mas abraçados a nós, e nós e eles, para o cumprimento de
nossas tarefas espirituais.
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