Lincoln
Vieira Tavares
No Capítulo V do Evangelho Segundo o Espiritismo, “Bem
Aventurados os Aflitos”, item
26, em comunicação mediúnica assinada por “Um Anjo da Guarda, Paris, 1.863”,
podemos encontrar uma exposição muito interessante a respeito de um tema para
nosso estudo à luz da Doutrina Espírita.
No passado, muito se falou sobre a importância do cilício,
que consistia no sacrifício a que se submetia o corpo, principalmente em
conventos, como sendo agradável a Deus.
Agora, no entendimento dos espíritos superiores, que
auxiliaram na Codificação Espírita, temos aprendido da importância de se
preservar o corpo humano, para que ele tenha condições, como verdadeiro templo
do espírito, de suportar as provas a que está destinado, não aumentando sua carga natural, utilizando toda sua energia em favor do próximo, isso sim, e
buscando o ser humano sacrificar-se submetendo seu espírito, ele que é
espírito, no sentido de vencer as provas
pelas quais tenha de passar, com a
devida resignação e coragem.
Diz a entidade espiritual que as provas têm por objeto
exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação. Ensina-nos
ainda que devemos mesmo buscar algumas aflições ou dificuldades quando elas
forem em favor do próximo, quando então haverá nisso um grande mérito.
Questão muito importante que aflora nesta oportunidade é
a de nos afastarmos do mundo.
Antes pensávamos que seria importante e digno até de muito mérito alguém se
recolher a um mosteiro, onde passava a orar em favor da humanidade, livrando-se
de todos os males do mundo.
Hoje estamos aprendendo da necessidade de vivermos no mundo,
lado a lado com as criaturas humanas como nós, trabalhando em favor de todos,
solidariamente, única forma de exercício do amor, como Jesus nos ensinou.
Encontramos no evangelho, na famosa chamada oração
sacerdotal do Divino Mestre, em João, 17:15:
‘Senhor, eu não vos peço que os tireis do mundo, mas que os livres do mal”. Entendemos que Jesus falava em favor de todos
nós, que pretendemos ser também seus discípulos amados. Viver no mundo, sem ser do mundo, como ele
próprio nos ensinou.
Se
é assim, hoje a tarefa nossa, como espíritas cristãos torna-se ainda mais séria,
visto as informações que estamos
recebendo do mundo espiritual, que nos conclamam a esse importante trabalho,
razão pela qual necessitamos vigiar, orar e trabalhar muito na seara do Mestre,
aproveitando nosso tempo, a cada dia que passa, em busca da tão sonhada
evolução espiritual que aspiramos.
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