Lincoln Vieira Tavares
A questão do presente, passado e
futuro, vez por outra, tem causado dificuldades para muitas pessoas e até para
alguns de nós, mesmo os que já participamos da Doutrina Espírita.
Considerando que
esta não é a nossa única existência, pois que já vivemos muitas, conforme temos
aprendido, por vezes ficamos ainda ligados a um passado negativo mais remoto,
cujos acontecimentos estão gravados em nosso perispirito, ou mesmo decorrentes da
presente existência, atos nem sempre recomendáveis, e passamos a viver
estressados no presente e também temerosos do futuro.
É justamente
pensando nisso, realidade da maioria hoje no Planeta Terra, que relembramos os
dizeres do grande Paulo de Tarso, que está em Romanos 7:19: “Porque não faço o
bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”, mas que aconselhando aos
Filipenses 3:13 e 14, afirmou: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo...”.
O grande apóstolo
dos gentios dá-nos a receita perfeita, para que possamos nos conduzir, deixando
o passado apenas como referência, prosseguindo para o alvo, em direção à nossa
evolução espiritual.
Hoje a Doutrina
Espírita, farol de nossas almas, também afirma, através da mediunidade
missionária de nosso Francisco Cândido Xavier, inspirado pelo seu mentor
Emmanuel: “Todo dia é tempo de renovar nosso destino” e ainda: “Embora ninguém
possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e
fazer um novo fim”.
Ocorre-nos à
lembrança uma pequena estória, que ouvimos em uma palestra, há tempos:
Um pescador, que
repousava em pequena habitação, à beira do rio, onde iria pescar no dia
seguinte, em alta madrugada, atacado pela insônia, levantou-se e foi sentar-se
à beira do rio, onde encontrou uma pequena sacola de pedras. Estava bem escuro,
e ele, distraidamente foi atirando as pedrinhas na água, deliciando-se com o
barulho que fazia, a cada uma que
jogava, até que o
dia começa e clarear e ele vem a descobrir que, na verdade, as pedras que se
encontravam na sacola, não eram comuns, mas pedras preciosas.
Depois de pensar
um pouco, resolveu esquecer o ocorrido, e guardar as pedras restantes, para
fazer o uso devido, pelo resto de sua existência.
Não ficou a
lamentar o engano que havia cometido, mas ergueu-se e colocou em prática nova
postura, aproveitando-se de parte do tesouro que havia encontrado.
São lições muito
importantes para nossa reflexão e aprendizado e um convite para que coloquemos
em prática esses ensinamentos maravilhosos em nossas vidas.
Vamos meditar
sobre isso?